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Carrapatos prevenção!

A infestação por carrapatos no cão, além de provocar um incômodo muito grande ao animal pela coceira que provoca (reação alérgica), pode causar anemia e transmitir doenças como a Babesiose e a Erlichiose. A anemia no cão pode ocorrer nas grandes infestações, uma vez que o carrapato se alimenta do sangue do animal. Mas não é necessária uma grande quantidade de carrapatos para que a Babesiose ou a Anaplasmose sejam transmitidas.

Às vezes, um ou dois carrapatos que estejam carregando formas infectantes dos protozoários causadores dessas enfermidades são o bastante para que o cão contraia uma dessas doenças.

Assim, o controle do carrapato deve ser constante e qualquer sinal de apatia, febre, falta de apetite e mucosas (gengivas ou conjuntiva) pálidas em cães que costumam ter carrapatos, é motivo de uma visita ao veterinário e um exame de sangue, para detecção da Babesia ou da Erlichia. Elas são tratáveis quando diagnosticadas a tempo.

Mas o que fazer para evitar que o cão pegue carrapatos?
Infelizmente, não há nenhum esquema de tratamento preventivo. Se o cão freqüenta áreas infestadas por carrapatos, ele certamente irá pegá-los. Regiões com vegetação em sítios ou fazendas, são os lugares mais comuns. Porém, existem muitos casos de pessoas que tem problemas com carrapatos dentro de seus canis ou quintais e até em apartamentos. Às vezes, num passeio a uma praça ou parque, o cão pode se infestar.

E como combater o carrapato?
Assim como as pulgas, o carrapato não é um problema só do animal, mas sim do ambiente. O carrapato, em todos os seus estágios de vida (desde larva até adulto), é muito resistente. Combater o carrapato é difícil. Você pode eliminá-lo do cão facilmente com banhos carrapaticidas, porém, o inimigo que você não vê, ou seja, os ovos e larvas, estão no ambiente e nele sobrevivem durante meses. Muitos são os casos de proprietários que vivem combatendo o carrapato no cão, mas nunca conseguem exterminá-lo por completo.

Um outro detalhe é que os carrapatos colocam seus ovos na vegetação e também em frestas das paredes e piso. Dessa forma, todos esses lugares têm que ser tratados e não somente os cães. Quem tem na vizinhança terrenos com mato, criação de animais como cavalos e gado, pode sofrer com os carrapatos, pois esses parasitas são capazes de escalar altos muros em busca de alimento. Se isso estiver ocorrendo, é preciso controlar a infestação também na parte externa.

Um combate eficaz ao carrapato inclui:

No animal:

banhos carrapaticidas. Quando a infestação é grande, repetir os banhos a cada 15 dias;
animais de pêlos longos devem ser tosados no verão, época em que o calor e umidade fazem com que a incidência de carrapatos aumente muito;

produtos carrapaticidas de longa duração, em gotas para aplicação tópica (local) ou spray, podem ser aplicados, a critério do veterinário.

No ambiente:

uso de carrapaticidas: aplicar nos canis, casinha dos cães, em plantas e canteiros, atentando para frestas nas paredes ou pisos e ralos. O forro da casa não deve ser esquecido. Repetir o tratamento a cada 15 dias;
em canis de alvenaria, o uso da “vassoura de fogo” é muito eficaz. O calor irá destruir todos os estágios do carrapato. Repetir o tratamento a cada 15 dias; uma opção caseira são aparelhos com jato de vapor d’água fervendo;
se possível, fechar todas as frestas existentes nos canis ou paredes dos quintais, assim como no piso;
mude de produto a cada 2 ou 3 aplicações, para que o carrapato não desenvolva resistência e o tratamento passe a ser ineficaz.

Importante:

filhotes, fêmeas gestantes e gatos não devem ser banhados com produtos carrapaticidas;
CONSULTE O VETERINÁRIO antes de usar qualquer produto;
banhos carrapaticidas devem ser dados com o cuidado de não permitir ao animal lamber o produto durante o banho. A ingestão pode causar intoxicação grave;
animais com ferimentos abertos (feridas ou queimaduras) não devem ser tratados;
existem carrapaticidas para uso em cães, porém, muitas vezes são recomendados produtos de uso em bovinos e cavalos. AS DOSAGENS SÃO DIFERENTES. Consulte o seu veterinário antes de usar esses produtos;
retire os animais do ambiente que irá receber o tratamento contra carrapatos até que o produto usado seque completamente.

O combate ao carrapato deve ser intensivo e durante um longo período de tempo. Nos meses mais quentes, a infestação pode voltar e os cuidados devem ser redobrados. Nas áreas em que há carrapatos em qualquer época do ano, o tratamento deve ser constante.

Perigo: Plantas Tóxicas

Por serem carnívoros, os cães dificilmente têm o costume de comer vegetais, o que torna raras as ocorrências de intoxicações por plantas. Porém, sob algumas circunstâncias, esses animais poderão ingerí-las. Filhotes e adultos extremamente ativos têm uma grande curiosidade por objetos novos no meio ambiente, como um vaso diferente colocado no terraço, ou uma planta estranha no jardim. A “bisbilhotice canina” não se satisfaz apenas em olhar ou cheirar. O animal geralmente termina por lamber, morder, mastigar e engolir o objeto que lhe despertou a curiosidade.

Cães privados de água, por exemplo, vão buscá-la, geralmente em plantas molhadas recentemente cujas folhas podem ser mastigadas. Em outros casos, cães confinados por períodos longos podem ser distrair comendo plantas.

Deficiência nutricional

A má nutrição pode também impelir ao consumo de vegetais, na tentativa de obter deles o nutriente que o animal carece. Adubação do solo com compostos orgânicos, como farinha de ossos com torta de mamona, encoraja esse consumo anormal. Em suma, cães ingerem plantas basicamente por curiosidade, lazer ou deficiência nutricional. As plantas, por sua vez, desenvolveram na sua evolução algumas armas de proteção como os espinhos que desencorajam grande parte das agressões e o sabor amargo que desestimula segundas tentativas dos curiosos. No entanto, um grande número de plantas possui substâncias tóxicas que poderão causar distúrbios digestivos, alérgicos, hepáticos, cutâneos, alucionógenos e até a morte, dependendo do tipo de planta consumida.

Tratamentos específicos

Uma única planta pode conter vários princípios tóxicos, para os quais há poucos antídotos específicos, o que dificulta o tratamento. Certas espécies têm substâncias irritantes que devem ser inativadas ou “protegidas” para não causarem mais lesões nos tecidos do aparelho digestivo. Para tais toxinas não se recomenda induzir vômitos para expulsão, pois provocariam danos ao voltar pelo esôfago e boca, agravando os males já causados pela ingestão.

Outras toxinas de plantas consideradas “solúveis em gordura” têm sua absorção favorecida quando engolidas com alimentos gordurosos, como o leite. Essa ingestão conjunta favorece, portanto, a absorção dos venenos, podendo agravar o quadro.

Prevenção

Se as plantas tóxicas estiverem entre suas preferidas e se você não abre mão de tê-las em casa, trate de, pelo menos, tomar os seguintes cuidados:

  • dificulte o acesso às plantas com uso de cerca, colocação dos vasos em locais de difícil acesso, poda das partes baixas das plantas, colheita de todos os frutos assim que apareçam;
  • utilize rações de boa qualidade e, se necessário, suplementos que evitem carências nutricionais;
  • deixe água fresca em locais de fácil acesso ao cão;
  • evite o confinamento do animal em recintos onde há plantas;
  • promova treinamentos sob assistência especializada.

Primeiros socorros

Caso o seu cão tenha ingerido alguma planta suspeita, siga estas orientações:

  • Lave a boca e os olhos do animal em água corrente.
  • Colete partes e frutos da planta que ele comeu.
  • Procure seu veterinário, que deverá ser informado sobre o tipo e quantidade de planta ingerida, horário presumido da ingestão e os sintomas observados antes da consulta.

Dependendo do tipo de planta e do estado do paciente, pode haver necessidade de internamento para eliminação do agente tóxico, controle dos sintomas e reposição eletrolítica (administração de soro com sais minerais) para evitar desidratações. Posteriormente, serão estabelecidos planos de alimentação e terapia pós-internação, visando sanar possíveis danos ao fígado e aos rins.

Conhecer as espécies tóxicas é o primeiro passo para que seu jardim não ponha em risco a vida do pet. No entanto, uma das grandes dificuldades em fazer este levantamento é a enorme variedade de nomes populares para uma mesma planta, o que pode causar confusões e problemas de identificação.

Quadro com um RESUMO de algumas Plantas Tóxicas
Vale lembrar que há uma diversidade enorme de plantas consideradas tóxicas e que podem fazer algum mal ao seu animal, o que apresentamos aqui é apenas um resumo.

Alamanda
Coroa-de-cristo
Lírio
Aroeira
Espada-de-são-jorge
Mamona
Azaléia
Espirradeira
Narciso
Belladona
Filodendro
Papagaio
Caju (a castanha crua)
Fumo
Pinhão-paraguaio
Chapéu-de-napoleão
Hera
Saia-branca
Cinamomo
Hortênsia
Tulipa
Cinerária
Jequiriti
Urtiga
Comigo-ninguém-pode
Lantana
Vinca
Confrei
   

Fontes:
Herbário – www.herbario.com.br
Com Ciência –
www.comciencia.br
Viveiro Manequinho Lopes – www.prodam.sp.gov.br
Pet Site –
www.petsite.com.br/planta.asp
Jardim de Flores –
www.jardimdeflores.com.br

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