Adestramento em  Campinas | André Stancatti Adestrador

12 dicas para ajudar seu cão que tem medo dos fogos

Veja aqui algumas dicas básicas e interessantes para ajudar seucão!

  • IMPORTANTE: NUNCA punir seu animal, mesmo se ele fizer xixi, também não tente protege-lo demais (dando colo, por exemplo), caso contrario você vai incentivar seu cão a ter esse comportamento.
  •  Evite fugas: A primeira coisa a fazer nas noites de festa é fechar bem as portas e as janelas. No desespero, cães e gatos tentam fugir, o pânico desorienta o animal, que tende a correr desesperado e sem destino. Animais com certa idade podem sofrer paradas cardiorrespiratórias, convulsões e diversos outros problemas.
  • Crie um refúgio: Coloque seu bicho em um lugar onde ele se sinta seguro. Mantenha a luz acesa e, se ele estiver acostumado, deixe TV e rádio ligado. Converse um pouco, faça carinho e vá visitá-lo de tempo em tempo
  • Ajude ele a se sentir protegido: Tente diminuir os ruídos, coloque cobertores pesados ou ate mesmo um colchão tampando a janela e outras frestas.
  • Tampões: Alguns veterinários aconselham o uso de tampões de algodão nos ouvidos que podem ser colocados minutos antes e tirados logo após os fogos.
  • Jamais ofereça a comida da ceia: Pode até ser que o peru esteja divino e a maionese seja light. Mas nada de dar ao seu bicho a comida da ceia de Réveillon. Problemas de digestão, somados ao pânico que ele sente dos rojões, podem até levar à morte, em casos extremos. Alimente-o com a ração de costume e ofereça água. Evite até dar biscoitinhos  para que ele não associe o fato de ter medo a uma coisa “boa” que ele pode ser recompensado.
  • Solte a coleira: Não deixe seu cachorro ou gato na coleira. Muitos animais, quando presos, morrem por enforcamento, no desespero de fugir dos fogos e rojões. Se precisar isolá-lo, deixe-o fechado num quartinho.
  • Acalme-o : Homeopatia, florais e acupuntura podem diminuir o medo e a ansiedade do seu animal. Mas esses tratamentos devem ser feitos ao longo do ano. Em casos muito graves, converse com o veterinário.
  • Identifique seu animal: Coloque uma coleira com plaqueta de identificação no pescoço do seu cão ou gato, importante para achá-lo no caso de fuga. A coleira do gato deve ser elástica, para que não haja risco de enforcamento ao se prender a um galho ou outro objeto. A plaqueta deve conter o número do seu telefone (residência e celular).
  • Evite brigas: Não deixe muitos cães juntos, pois, excitados pelo barulho, brigam e se ferem gravemente.
  • Distraia seu bichinho: se for possível ficar com eles durante a queima de fogos tente desviar a atenção dele com aquelas brincadeiras que ele mais gosta.
  • Evite acidentes: Retire qualquer coisa que possa ser derrubada, quebrada ou derramada do ambiente que o animal vai freqüentar.

Principais conseqüências do contato com fogos e barulhos altos demais:

  • Fugas, perdidos eles podem se afogar, ser atropelados ou mesmo provocar acidentes.
  • Mortes, enforcando-se na própria coleira quando não conseguem rompê-la para fugir, ou mesmo ao tentarem passar por vãos pequenos. Atirando-se de janelas, atravessando portas de vidro, batendo a cabeça contra paredes ou grades.
  • Ferimentos, quando atingido ou quando abocanham rojão achando que é algum objeto para brincar.
  • Traumas emocionais, resultando na mudança de temperamento para agressividade.
  • Ataques, contra os próprios donos e outras pessoas.
  • Brigas com outros animais com os quais convivem inclusive.
  • Mutilações, no desespero de fugir atravessando grades e portões.
  • Convulsões em cães de mais idade.
  • Quedas de grandes alturas.
  • Aprisionamento indesejado em lugares de difícil acesso na tentativa de se protegerem.

A Hill’s, fabricante de alimentos para animais, também da uma dica que vale a pena tentar!

Grave o som de fogos de artifício ou trovão e coloque para tocar em um volume baixo. Enquanto isso, confira a reação do seu bicho e tente distrai-lo com brincadeiras. Aos poucos e de tempos em tempos, vá aumentando o volume. Se ele voltar a mostrar medo, tente mais tarde. Dependendo do trauma do seu bicho, o processo pode ser longo e requerer uma dose extra de paciência. Mas, no final, o cão irá conviver bem melhor com o barulho dos fogos de artifício.

As possibilidades em adestramento de cães, por Susan Garrett

Este artigo foi escrito pela Susan Garrett, treinadora canadense de Agility e Obediência

“Recentemente me envolvi em uma discussão sobre metodologias de adestramento com amigos e membros da CAPPDT. Me senti impelida a escrever esse post e espero que o tenha feito sem julgamento. Sei que já discuti esse assunto diversas vezes no passado, mas ele certamente vale mais uma olhada.”

Você sabe por que alguém treinaria um cão usando força e intimidação se esse alguém não achasse que fosse necessário? A resposta é: eu acho que ninguém treinaria assim.

CLICKER FREAKS – Doidos do clicker

Independente da metodologia escolhida no adestramento, estamos todos unidos pelo nosso amor por cães. Pense nisso, se você ama cães e treina com intimidação e força, você já deve estar armado com milhares de razões porque você acredita que a força é necessária, a fim de satisfazer aquela voz suspirando em seu ouvido que continua a te perguntar “…. e se todos aqueles doidos do treino positivo estão aprontando alguma?”.

Imagine se existisse um mundo onde você pudesse treinar seu cão para fazer qualquer coisa que você desejasse; ser o melhor e mais incrível companheiro que você já teve; atingir todos os seus objetivos de treino e fazer tudo isso em metade do tempo que você gastou com cães no passado; tudo isso sem nunca corrigir seu cão fisicamente e sem perder o controle e bom humor enquanto treina… você não gostaria de ir a esse mundo?

Alguns de nós vivemos e prosperamos em tal mundo de treinamento canino. Um lugar onde cães não são culpados, nem corrigidos verbalmente ou fisicamente por seus “erros”. Sim, esse mundo existe. Não importa se você treina cães de prova de caça ou apenas cães de companhia; treinar dessa maneira É possível para TODOS.

Não é o cão…

Talvez você já tenha visto outros treinarem sem correções e seus cães não tão bem comportados, não ouvem quando em meio a distrações, ou o comando “Junto” desses cães só poderia ser descrito como meia-boca no máximo. Só porque alguém tentou e falhou no treinamento “com comida apenas” não significa que a “metodologia não presta”. Por favor, considere a possibilidade de que a aplicação da metodologia era a única parte com problemas.

Eu sei que minha educação é limitada, meu foco em adestramento está só naquilo que amo; primeiro criar um cão de companhia incrível e depois um grande cão de Agility, Obediência ou Flyball. Portanto, eu não tenho todas as respostas para todos os problemas em treinamento de cães. Mas eu sei que existem diversas outras pessoas por aí que também estão trabalhando duro para achar uma “forma melhor” de treino em todas as áreas. Eu também sei que a maior parte da metodologia que uso pode ser lindamente transferida para a maior parte das – senão todas – áreas de adestramento de cães, gatos, cavalos ou até crianças.

Soltando o nerd em treinamento canino

As imagens a seguir esquematizam o treinamento de cães como eu o vejo. (Nota: eu sei que tais quadros não levam em consideração os cães com quadros comportamentais severos, mas sim, levam em conta as massas que vemos todo dia no mundo do adestramento). Sabendo que cães aprendem através de reforço, o reforço é a chave para todo treinamento. Quando as pessoas perdem o controle daquilo que reforça seus cães, nada resta além da punição. É uma coisa, ou outra. Como eu enxergo, para o cão sem treinamento, a necessidade do uso de punição aumenta conforme o controle do acesso aos reforços diminui.

Susan Garrett

Nos últimos vinte anos, eu tenho olhado para o treino de cães dessa forma. Eu sinto que existem dois conceitos-chave.

Conceito Chave No. 1

Quanto melhor você controlar o acesso aos reforços, menos você terá de usar punição em seu treinamento.

A fim de treinar com um alto índice de sucesso, o reforço é uma ferramenta básica. Cães aprendem através de reforços. Se o cão teve liberdade para continuamente acessar fontes de reforçamento que fortalecessem comportamentos indesejados, você tem duas opções. Ou encontrar algo mais reforçador (o que pode não ser possível) ou punir. De verdade, não existem outras opções.

E aqui está a parte que eu adoro:

Quanto mais criativo você for em maneiras de desenvolver, redirecionar e controlar os reforços, menos necessidade haverá para punição.

Eu escolhi treinar sem o uso de correções verbais ou físicas, portanto, devo saber e controlar todas as fontes de reforçamento dos meus cães. É uma jornada incessante de descoberta para mim!

Susan Garrett

Em uma das pontas do espectro de punição está a forma mais branda, que é simplesmente segurar ou impedir o acesso a um reforço quando você não gosta daquilo que seu cão está fazendo.

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Do outro lado do espectro temos o que seria considerado abuso. Dores severas causadas com a intenção de criar medo e eliminar completamente os comportamentos.

Acho que podemos concordar que nenhum programa de treino promoveria punições desse nível como uma parte da rotina e do dia-a-dia. As linhas de “adestramento tradicional” puniriam em um nível mediano, algum ponto entre esses dois extremos. Acredito que cada escola deva ditar sua própria tolerância e definição desse uso.

Ao treinar dessa forma, você pode ser mais desleixado e não ter pleno conhecimento do que reforça ou não seu cão. Não é tão importante porque você pode voltar e tentar controlar o cão através das punições, ao invés de parar e ensinar seu cão a se autocontrolar e ignorar todas as fontes de reforços que não são direcionadas por você.

Susan Garrett

Agora vamos examinar o que eu quero dizer por “acesso a incríveis reforços”. No ponto mais baixo do gráfico, está um cão que vive de uma forma que eu descrevo em meu livro “Ruff Love”. O cão ganha (por merecer) todos os reforços e todos esses são entregues através do dono. Obviamente isso não é plenamente possível já que seu cão será reforçado por qualquer pessoa que faça carinho em sua cabeça, ou quando ele bebe água na cozinha. Justamente por isso, quando falamos do controle de reforços “incríveis”, a parte mais importante é o controle do que o seu cão considera como “incrível”.

Susan Garrett

No outro ponto dessa escala, está o cão que vive em um mundo sem regras. É o cão que rouba comida, brinquedos, persegue outros cães, esquilos ou gatos quando bem entende, late sem parar para conseguir o que quer, revira o lixo, rouba a despensa de comida e, é claro, pode ser visto arrastando o dono pelas ruas ou derrubando a visita que chega na casa…. Vocês entenderam…

Susan Garrett

Logo, tudo que isso significa é que se você acredita que o tipo de treino descrito em “Ruff Love” é muito trabalhoso ou cansativo, então você vai precisar usar punições para atingir seus objetivos de treino com seu cão.

Quanto melhor você controlar os reforços, menos você necessitará de punições para treinar seu cão.

Sim, é simples assim. Mas como diz Bob Bailey: “simples mas nem sempre fácil!”

Conceito-chave No. 2

O último conceito chave para treinar dessa forma é a forma como os reforços são usados. Treino eficiente e efetivo usa todos os reforços como recompensas ao invés de induções. O cão deve ser capaz de ignorar todos os reforços até a hora em que, tendo merecido, o recebe do dono. Assim, quando treinando dessa forma, todos os reforços mais poderosos têm sua origem, em primeiro lugar, como grande distrações para o cão.

Um desafio de treino

Fiz o vídeo abaixo para mostrar alguns exemplos do que é possível atingir com essa metodologia.  Você tem três opções:

  • você pode, obviamente, escolher não assistir ao vídeo
  • você pode assisti-lo pensando “sim, mas é um border collie!” ou “sim, mas você é uma treinadora profissional” OU
  • você pode assistir a esse vídeo com uma cabeça aberta para incontáveis possibilidades

Fonte: http://www.clickerdogs.com (Susan Garrett – Adestradora)

Ranking de Inteligência Canina

Em praticamene todas as matérias deste site sobre cães, incluo uma referência à classificação elaborada por Stanley Coren em seu livro A Inteligência dos Cães. A tabela foi elaborada pelo pesquisador através de um questionário elaborado por ele e preenchidos por juízes americanos, especializados em provas de obediência. O objetivo era atingir o maior número de cães e raças arcando com o “risco” de uma avaliação indireta. Segundo ele, 208 juízes especialistas nos EUA e no Canadá responderam ao seu questionário e destes, 199 foram completos.

Qual a ressalva importante a fazer antes de publicar a lista? É importante ter em mente que a “inteligência” de que falamos, é para Stanley Coren, definida como “Inteligência de Obediência e Trabalho”, e não da inteligência “Instintiva” dos cães. As 133 raças foram organizadas de 1 a 79.

Graduações

O pesquisador faz ainda algumas observações bastante interessantes sobre os “Grupos” de cães.

Graduações de 1 a 10 – Correspondem aos melhores cães em termos de inteligência e trabalho. A maioria dos cães destas raças começam a mostrar sinais de compreensão de comandos simples após apenas 5 repetições e não precisam de muita prática para manter esses comandos. Eles obedecem a primeira ordem dada pelo dono/treinador em cerca de 95% dos casos, e além disso, eles costumam obedecer a esses comandos apenas alguns segundos depois de solicitado, mesmo que o dono esteja longe fisicamente.

Graduações de 11 a 26 – São excelentes cães de trabalho. O treinamento de simples comandos depois de 5 a 15 repetições. Os cães lembram destas ordens muito bem embora possam melhorar com a prática. Eles respondem ao primeiro comando em cerca de 85% dos casos, ou mais. Em casos de comandos mais complexos, é possível notar, ocasionalmente, uma pequena demora no tempo de resposta, mas que também pode ser eliminada com a prática destes comandos. Cães deste grupo também podem demorar mais a responder se seus donos/treinadores estiverem fisicamente distantes.

Graduações de 27 a 39 – São cães de trabalho acima da média. Embora eles demonstrem um entendimento preliminar de novas tarefas simples depois de 15 repetições, em média vão precisar de 15 a 20 repetições antes que eles obedeçam de formas mais imediata. Os cães desse grupo se beneficiam enormemente de sessões extras de treinamento , principalmente no começo da aprendizagem. Depois que eles aprendem e adquirem o hábito do novo comportamento, geralemnte eles retêm os comandos com uma certa facilidade. Outra característica destes cães é que ele costumam responder no primeiro comando em 70% dos casos, ou ainda melhor que isso, dependendo da quantidade de tempo investdo no treinamento deles. A única coisa que os separa dos melhores cães em obediência é que eles tendem a demorar um pouquinho mais de tempo entre o comando dado e a resposta, além disso eles parecem ter um pouco mais de dificuldade em se concntrar no comando na medida em que o dono se distancia fisicamente deles. No entanto, quanto maior a dedicação, paciência e persistência do dono/treinador, maior o grau de obediência desta raça.

Graduações de 40 a 54 – São cães de inteligência de trabalho e obediência intermediária. Durante o aprendizado, eles irão demonstrar sinais rudimentares de compreensaão após 15 a 20 repetições. No entanto, para que eles obedeçam razoavelmente serão necessárias de 25 a 40 experiências bem sucedidas. Se forem treinados adequadamente, estes cães irão apresentar boa retenção e eles irão se beneficiar, definitivamente, de todo esforço extra que o dono dispensar durante o período inicial de aprendizado. Na verdade, se este esforço inicial não for aplicado, no início do treinamento, o cão parecerá perder rapidamente o hábito de aprender. Normalmente eles respondem no primeiro comando em 50% dos casos, mas o grau de obediência final e confiabilidade irá depender da quantidade de prática e repetições durante o treinameto. Ele também poderá responder de uma forma consderavelmente mais lentas do que as raças em níveis mais elevados de inteligência.

Graduações de 55 a 69 – São cães cuja capacidadede obediência e de trabalho é apenas razoável. às vezes é perciso cerca de 25 repetições antes que eles comecem a mostrar algum sinal de entendimento do comando novo e provevelmente serão precisas outras 40 a 80 repetições antes que eles se tornem confiáveis em tal comando. Ainda sim o hábito de obedecer ao comando pode parecer fraco. Se eles não forem trenados várias vezes, com extra dose de persistência, estes cães irão agir como se tivessem esquecido completamente o que se espera deles. Sessões ocasionais de reforço são necessárias para manter a performance do cão num nível aceitável. Se os donos trabalharem apenas o “normal” para manter seus cães treinados, os cães irão responder prontamente no primeiro comando em apenas 30% dos casos. E mesmo assim, eles obederação melhor se o dono estiver muito perto deles fisicamente. Esses cães parem estar sempre distraídos e obedecem apenas quando eles assim desejam.

Graduações de 70 a 79 – São as raças julgadas como as mais difíceis, com o menor grau de inteligência de trabalho e obediência. Durante o treinamento inicial, podem precisar de 30 a 40 repetições de simples comandos antes de mostrarem algum sinal de que fazem idéia do que se trata. Não é raro que esses cães pecisem executar mais de 100 vezes um comando antes de se tornarem confiáveis na sua performance.

Posições

Abaixo estão relacionadas as posições das raças no ranking:

Cães difíceis de domesticar! Aprenda sobre…

De certeza que quando o levou para a sua familia, pensou que ele seria um belo companheiro que ía buscar-lhe os chinelos ao quarto, aquecia-lhe os pés à noite e levava os seus filhos à escola… mas em vez disso não o liga nenhuma, arranha-lhe a perna, estraga-lhe os sapatos e rosna aos seus filhos. Muitas familias abandonam os seus cães quando isto acontece, o que é totalmente errado. Em vez de o abandonar, ajude-o a melhorar. De certeza que se o seu filho de oito anos fosse muito rebelde, não o regenava. Aqui vão algumas dicas para ajudar alguns donos a domesticar cães dificeis de lidar.

Dedique mais tempo

O seu animal de certeza que não percebe do aborrecimento que lhe está a causar, por isso ajude-o a melhorar. Dei-lhe carinhos, ralhe quando faz coisas más, agradeça-lhe quando faz coisas boas e nunca lhe cause dor. A dor só gera medo e ódio. Dedique mais tempo ao seu animal, cuide dele quando ele precisa e nunca lhe ignore. Leve-o ao veterinário a fazer um check-up, já que o seu comportamento pode ser devido a um problema de saúde (como por exemplo “Raiva”).

Informe-se

Se não tem a certeza do que se passa, informe-se. Peça conselhos a um veterinário ou treinador, leia artigos nas revista, livros e / ou na Internet. Se comprou o seu animal numa loja de animais, então vá a essa mesma loja e informe o seu vendedor da pequena peste. De certeza que não será a primeira vez que o vendedor toca no assunto, e ele irá ajudá-lo a resolver o problema na melhor forma.

Cão dificeis de domesticarTreine-o melhor

Se você nunca treinou o seu animal, então muito provavelmente seja esse o problema. Um bom treino disciplina bem qualquer cão. Se o treina mas não vê resultados, o problema pode ser do próprio treino que você lhe está a dar. Mude as condições do seu treino, ou arranje alguem que o faça. Muitos hotéis e escolas de animais ajudam bastante.

Ame o seu animal, e ele irá amá-lo!

Lembre-se que dar amor e carinho é muito importante em qualquer relação (canina – humana ou não). Não o castigue sempre que ele faça algo do seu desagrado, e principalmente não lhe bata. Quem sabe se a única coisa que o seu animal quer é um amigo, e tudo o que ele faz é apenas para chamar a sua atenção.

Resumindo e concluindo, se você não quer / pode perder tempo com o seu cão, e não tem ninguem que possa tomar conta dele, então o melhor é dá-lo a outra pessoa. Se gosta realmente dele, procure dar-lhe uma vida melhor.

André Stancatti no Covernation MTV

Em Abril de 2005, André Stancatti foi convidado a levar um de seus “pupílos” no programa Covernation com Marcos Mignon para a apresentação ao Vivo de práticas de Adestramento. Veja aqui algumas fotos do programa.

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Teste de Temperamento de Filhote de Cão (Volhard)

Aplicar aos 49 dias de vida do filhote

Lembre-se: você quer que o filhote de cão cresça com bom temperamento e deseja conviver com ele por muitos anos. Conhecer o temperamento antes de comprá-lo é evitar uma futura decepção

Pré-requisitos: aplique o teste aos 49 dias de vida. É quando o cão está neurologicamente completo e com cérebro de adulto. A cada novo dia as reações estarão mais impregnadas pelo aprendizado anterior. Teste um filhote por vez, em boas condições. Ele deve estar ativo e com boa saúde. Não faça o teste logo depois de ele comer, nem no dia da vacinação e nem no dia seguinte. Aplique o teste na seqüência da tabela abaixo, em local tranqüilo e desconhecido do cão (basta um cômodo ou área com piso não escorregadio, de 4 m2). Além do examinador, que pode ser você ou outra pessoa estranha ao filhote, deve estar presente também o anotador da pontuação, que não pode interferir na atuação do cão. Antes de marcar os pontos, o anotador confirma a avaliação dele com o examinador.

Aplicação: procure não intimidar o filhote. Evite inclinar-se sobre ele, gesticular ou avançar as mãos bruscamente. Fale com suavidade. Ao bater palmas, seja delicado. Se o cão não reagir a você ou demonstrar extremo estresse, afastando a cara e ficando rígido, pode estar estranhando a sua presença. Nesse caso, tente se entrosar com o filhote e reiniciar o teste algum tempo depois.

Avaliação: vale a primeira reação do filhote.

OS TESTES

1 – Chamar (Atração por pessoas)

Indica: sociabilidade, treinabilidade.

Como fazer: o criador traz o filhote e sai. Fique a cerca de 1,20 metro do cão, agachado. Bata palmas e, falando de forma afetuosa, estimule-o a vir.

Pontuação: o cão vem logo, animado, e: a) salta e morde a mão do examinador = 1 ponto; b) bate com a pata no examinador, lambe a mão = 2; c) não encosta no examinador = 3. O cão: a) vem logo, sem mostrar ânimo = 4; b) vem hesitante = 5; c) não vem = 6 (visando aos próximos testes, deixe o cão cheirar sua mão, acaricie-o e converse com ele de forma encorajadora para despertar-lhe a confiança).

2 – Acompanhar (Seguir a liderança humana)

Indica: independência, interação com humanos, treinabilidade.

Como fazer: aplique após o teste anterior sem interrupção. Levante e se afaste devagar. Fale com o cão, bata palmas e chame-o. Só depois marque os pontos de ambos os testes. Enquanto isso, procure interagir com o filhote.

Pontuação: o cão segue logo, animado, e: a) coloca-se entre os pés do examinador e o morde, atrapalhando a caminhada = 1 ponto; b) coloca-se entre os pés do examinador = 2; c) não se coloca entre os pés do examinador nem encosta nele = 3. O cão: a) segue logo, mostrando submissão = 4; b) segue hesitante = 5; c) não segue ou se afasta = 6.

3 – Restrição (Facilidade de controle sob domínio físico)

Indica: submissão, treinabilidade.

Como fazer: agachado, vire com muita delicadeza o filhote de costas e segure-o com uma mão no peito, sem muita pressão, por até 30 segundos, olhando-o com expressão gentil e tentando estabelecer contato visual, porém sem falar. Observe a reação.

Pontuação: a) o cão se debate muito e morde = 1 ponto; b) debate-se muito = 2; c) debate-se e aceita, sem evitar contato visual com o examinador = 3; d) debate-se pouco e aceita = 4; e) não se debate = 5; f) não se debate e se esforça para evitar contato visual = 6.

4 – Acariciar (Facilidade de controle pelo carinho)

Indica: independência, dominância, aceitação de proximidade de pessoas, treinabilidade.

Como fazer: aplique em seguida ao teste anterior, marque os pontos de ambos depois. Deixe o filhote ficar em pé ou sentar, agache-se ao lado dele e acaricie-o da cabeça à cauda com uma mão. Observe a reação.

Pontuação: a) pula, bate com as patas, morde, rosna = 1 ponto; b) pula, bate com as patas = 2; c) receptivo, roça no examinador e tenta lamber seu rosto = 3; d) muito receptivo, lambe a mão do examinador = 4; e) rola no chão e lambe a mão = 5; f) afasta-se = 6.

5 – Elevação (Facilidade de controle em situação de risco)

Indica: dominância, medo.

Como fazer: mantendo a posição agachada, pegue o filhote com as mãos sob o peito e levante-o cerca de 30 cm, por até 30 segundos.

Pontuação: o cão se debate e: a) morde = 1 ponto; b) não morde = 2; c) aceita, debate-se, aceita, seguidamente = 3. O cão não se debate e fica: a) relaxado = 4; b) tenso = 5; c) paralisado = 6.

6 – Buscar (Vontade de fazer algo pelo dono)

Indica: treinabilidade, interação com humanos, obediência.

Como fazer: ainda agachado, acene com um papel amassado (bolinha) e lance-o cerca de um metro à frente do cão, em local visível, encorajando-o a buscar.

Pontuação: a) o cão pega o papel e se afasta = 1 ponto; b) pega, não traz e não se afasta = 2; c) pega e traz = 3; d) vai até o papel e volta sem ele = 4; e) começa a ir ao papel mas perde o interesse = 5; f) não vai ao papel = 6.

7 – Pressão na pata (Resistência à dor)

Indica: sensibilidade à dor.

Como fazer: continue agachado e aperte de leve, com o polegar e o indicador, os dedos de uma pata dianteira do cão. Aumente aos poucos a pressão e conte mentalmente de um até dez ou pare antes se o cão reagir. Se ele não deixar tocar a pata, pressione a orelha.

Pontuação: total contado a) de 8 a 10 = 1 ponto; b) 6 a 8 = 2 pontos; c) 5 ou 6 = 3 pontos; d) 3 a 5 = 4 pontos, e) 2 a 3 = 5 pontos; f) 1 ou 2 = 6 pontos.

8 – Barulho forte (Reação a sons)

Indica: sensibilidade a ruído, medo.

Como fazer: coloque o filhote no centro da área e fique ao lado dele. O observador, de frente para o filhote e não muito próximo, bate forte uma colher numa panela, ambas de metal, uma única vez.

Pontuação: o cão localiza o som e: a) vai excitado até a origem = 1 ponto; b) vai até a origem, sem excitação = 2; c) não vai, mas mostra curiosidade = 3; d) não vai e não mostra curiosidade = 4; e) encolhe-se, afasta-se e esconde-se = 5. O cão ignora o som = 6.

9 – Perseguir (Reação a algo que se move)

Indica: potencial para perseguir pessoas, animais e objetos em movimento, bem como sensibilidade visual.

Como fazer: ponha o filhote no centro da área. Amarre uma toalhinha na ponta de uma guia e, ficando ao lado dele, lance-a rente ao chão. Puxe-a de volta aos poucos em três vezes e observe a reação que prevalece.

Pontuação: a) o cão ataca e morde = 1 ponto; b) pega a toalha sem atacar = 2; c) investiga com interesse = 3; d) olha curioso mas não investiga = 4; e) foge ou se esconde = 5. f) ignora = 6.

10 – Pegar de surpresa (Reação a situação inesperada)

Indica: estabilidade, equilíbrio.

Como fazer: a um metro e meio do cão, abra um guarda-chuva e coloque-o no chão para ele investigar.

Pontuação: a) avança e morde = 1 ponto; b) aproxima-se e abocanha sem morder = 2; c) aproxima-se, investiga e não abocanha = 3; d) fica parado e olha = 4; e) afasta-se e esconde-se = 5; f) ignora = 6.

O QUE SIGNIFICA A PONTUAÇÃO

Em geral, o cão obterá pontuações diferentes no decorrer do teste, com variação pequena e prevalecendo uma delas. Se a variação for grande e o cão não tiver problema de saúde, é possível que ele seja muito instável. Veja o que a prevalência de cada pontuação indica:

Prevalece 1 ponto: cão muito dominante, de difícil controle. Com forte desejo de liderança, não hesitará em lutar por ela, agredir e morder pessoas e outros cães. Só deve ir a um lar muito experiente, e receber treino rotineiro. Não deve conviver com crianças, idosos e outros animais.

Prevalecem 2 pontos: cão dominante, aspira a liderança. De eventual difícil controle, pode morder. Autoconfiante demais e com excesso de energia para crianças, idosos e outros animais. Requer exercício e treino, além de horários rígidos. Donos experientes podem obter ótimo convívio com ele.

Prevalecem 3 pontos: convive bem com pessoas e outros animais. Pode ter muita energia e precisar de muito exercício. Boa opção para um dono que já teve outro cão. Precisa de treino e aprende depressa.

Prevalecem 4 pontos: é o tipo de cão adequado para companhia e a melhor opção para donos de primeira viagem. Não é o guarda ideal por ser submisso demais. Raramente se esforçará para obter uma “promoção” na família. Fácil de treinar e bastante tranqüilo.

Bom para idosos e crianças pequenas, das quais pode até precisar ser protegido.

Prevalecem 5 pontos: muito submisso, medroso e tímido, requer manejo cuidadoso. Tende a se assustar com pessoas, lugares e barulhos estranhos. Até um piso diferente pode incomodá-lo. Quando recebe carinho, na chegada do dono, pode urinar em sinal de submissão. Se encurralado, tenta fugir. não conseguindo, pode morder. Precisa de um lar especial, sem crianças e onde o ambiente não mude muito. Melhor para um casal tranqüilo.

Prevalecem 6 pontos: tão independente que não se apega ao dono. Apesar de pessoas o utilizarem como guarda, não é recomendado pois costuma provocar acidentes.

Pontuação muito irregular: indica temperamento instável, não recomendável em um cão para uma família.

Outras interpretações

O teste Restrição é um dos mais cruciais: indica como o cão reage à liderança humana.

Para crianças: o filhote com prevalência da pontuação 4, e, a seguir, da pontuação 3, será bom com as crianças e se dará bem nos treinos. O filhote que fica relaxado e não se debate durante o teste Elevação será fácil de lidar quando adulto.

Treinabilidade: os mais facilmente treináveis são os com prevalência de pontuação 4 ou 3 ou de ambas, mesmo que tenham baixa sensibilidade ao toque, que pode ser compensada com equipamento adequado de treino. No teste Buscar, o filhote que volta com ou sem o papel está propenso a trabalhar para as pessoas. Pode ter ótimo desempenho em provas de obediência e ser, por exemplo, apto aos treinamentos mais sofisticados, como o de cão para guia de cegos.

Para experts: o cão com pontos repetidos 1 ou 2 precisa de muita liderança e experiência para ser controlado. É o dominante. Especialmente se obteve 1 ponto nos testes Restrição e Elevação.

Guarda: conforme a prevalência de pontuação nos dez testes, o cão demonstrará potencial para um determinado tipo de guarda. Os cincos primeiros testes são os mais importantes, pois avaliam graus de dominância, porém os demais também devem ser levados em conta.

a) casa com adultos inexperientes: prevalência de 4 pontos;

b) casa com adultos experientes e com tempo disponível para dedicar ao cão: prevalência de 3 e 2 pontos;

c) guarda restrita ao uso profissional: prevalência de 2 e 1 pontos. Leigos que ficam com esses cães estão muito sujeitos a provocar acidentes.

Casos especiais: a pontuação 5 no teste Barulho Forte está bastante relacionada a timidez e medo — o melhor para esse cão é um lar calmo e silencioso. Não reagir de forma alguma ao som pode indicar surdez.

Um filhote com muitos 6 e 1, além de independente (ver Prevalecem 6 pontos), pode ser mordedor e, se tiver pontuações 5, pode ter pânico de pessoas.

Pontuação 5 nos testes Pressão na Pata e Barulho Forte indicam um cão que pode se apavorar facilmente e morder por medo em situações estressantes.

O CÃO NEM SEMPRE É O ESPELHO DO DONO

O temperamento herdado determina traços fundamentais do comportamento de um cão. Saiba como detectá-los no filhote, antes da compra

“A posse responsável de cães não basta para evitar a agressividade excessiva e os desequilíbrios comportamentais”, adverte o leitor de Cães & Cia, Luciano Jamas dos Santos, major, oficial veterinário e chefe do setor de cinotecnia da Polícia Militar do Rio de Janeiro, em carta publicada pela revista. “É preciso também valorizar a criação responsável.”

O conceito de criação responsável refere-se à produção de cães que possibilitem aos donos realizar a parte deles, a posse responsável, visando evitar danos à comunidade. A criação é fundamental no momento de decidir quais cães acasalarão, buscando privilegiar não só as formas mas também o equilíbrio do temperamento. Quem cria pode ainda desempenhar um papel importante vendendo o cão certo para o dono certo. “Os criadores deveriam medir a dominância dos filhotes e vendê-los conforme o temperamento inato e o lar onde irão viver”, diz Luciano. “Os mais submissos seriam para o convívio com crianças, os dominantes para quem quer um cão de guarda, sendo o dono orientado no sentido de socializar e treinar para proteção. Os extremamente dominantes com forte agressividade — só seriam vendidos mediante a assinatura de um termo de responsabilidade.”

Quem tiver a sorte de encontrar um vendedor preocupado em avaliar e indicar o filhote adequado ao perfil do comprador, saberá que está lidando com um criador responsável. “Já me recusei a vender um filhote muito dominante para uma pessoa sem experiência para educá-lo”, conta Daniela Prado, do Canil Mendara Rottweilers, que orienta os compradores a escolher um filhote com base no temperamento. “Fui até chamado de louco por não vender filhotes para pessoas despreparadas para lidar com os cães que haviam escolhido”, lembra o criador de Golden Retriever, Marcos Nishikawa, do Golden Trip’s Kennel. “Estudo o perfil do comprador e sugiro o filhote mais adequado”, revela.

O futuro dono deve conhecer o temperamento de um filhote antes de adquiri-lo, mesmo que o criador não tome a iniciativa. Nem todo filhote chega ao mundo com o temperamento considerado ideal para a raça dele, e nem todos nascem “bonzinhos”. Alexandre Rossi, zootecnista e adestrador, explica que o temperamento inato molda todas as reações do cão durante a vida. “Se um cachorro apresentar aversão a estranhos e situações novas até a oitava semana, dificilmente terá uma reação calma e amistosa em relação a desconhecidos, mesmo não atacando por ter sido treinado”, avisa. Para o norte-americano Daryl Cooper, adestrador e especialista em comportamento animal há mais de trinta anos, o temperamento inato do cão é como a planta de um edifício. “Cabe ao homem agir como o empreiteiro e trabalhar sobre essa planta usando seus conhecimentos e as melhores ferramentas de que puder dispor.”

São comuns os casos de donos que se decepcionam ao ver aquele filhotinho tão sapeca se transformar em um adulto agressivo e desobediente. “Cão que não é o que se esperava dele acaba negligenciado pelo dono, gerando uma situação infeliz para ambos”, lamenta a treinadora e comportamentalista Cláudia Pizzolatto. Casos extremos, como o sacrifício do cão por excesso de agressividade, também são conhecidos. Tanto Cláudia quanto Alexandre Rossi já se viram obrigados a sugerir esse recurso. “A maioria dessas decepções seria evitada se os filhotes mais dominantes fossem vendidos a donos mais experientes”, comenta o veterinário especializado em comportamento animal, Mauro Lantzman.

Pode-se identificar o temperamento de um filhote por meio de testes. Entre eles, destaca-se o dos adestradores, estudiosos do comportamento canino e autores de livros sobre o assunto, Jack e Wendy Volhard. Conhecido por Teste de Volhard, é considerado um dos mais abrangentes. Baseia-se em outros testes com histórico de bons resultados, como o de Campbell e o utilizado por Pfaffenberger, que, testando filhotes, aumentou de 9% para 90% o aproveitamento de cães para guia de cegos.

“Milhares de criadores já adotaram o Teste de Volhard, com alto índice de acerto na previsão do comportamento adulto”, afirma Wendy Volhard. “Eu mesma testei mais de 500 ninhadas e aconselhei donos e criadores sobre o que era mais indicado para cada filhote. ” Wendy lembra que a idade ideal para o teste é 49 dias de vida do filhote (ver Pré-requisitos em Teste de Volhard). Para Cláudia Pizzolatto, se a data ideal for perdida, é admissível a aplicação com alguns dias de atraso, nunca passando de 60 dias.

Cláudia utiliza e recomenda o teste. “Dos filhotes testados, pude acompanhar pelo menos doze até se tornarem adultos e seu comportamento confirmou as previsões”, afirma. “Uma vantagem é evitar que o comprador leve para casa um cão agressivo ou medroso demais”, acrescenta Alexandre Rossi, que alerta: “Erros de avaliação podem acontecer por parte do examinador ou devido a fatores que alterem as reações do filhote.”

O teste de temperamento é muito usado por profissionais envolvidos com o treino de cães para a guarda. A meta é selecionar os mais aptos (ver Teste de Volhard, Outras Interpretações). A Polícia Militar do Rio de Janeiro aplica, desde 1995, testes desse tipo. “Por meio de seleção genética e testes nos filhotes, queremos formar um plantel adequado para o serviço policial”, informa o major Luciano. O mesmo acontece na Polícia Federal com relação a cães de guarda e farejadores. “Instintos como defesa e caça não se ensinam ao cachorro, pois já nascem com eles em maior ou menor grau”, destaca o chefe do Canil Central da PF, Antônio José de Miranda Magalhães. “Um cão que não demonstra vontade nesses testes poderá até ser um bom cão para o trabalho, mas não o ideal.”

O comprador, para aumentar a chance de adquirir um filhote equilibrado, deve se certificar do bom temperamento dos pais. “Não compre o filhote se, na presença do dono, um dos pais não puder ser solto entre estranhos”, recomenda Daniela Prado. “Se o casal teve filhotes em outras crias, procure conhecer dois ou três deles”, acrescenta Alexandre Rossi.

Do ponto de vista comercial, um cão colocado em um lar adequado se transforma em uma ótima forma de divulgação, pois se tornará um animal simpático, do qual todos gostam e perguntam onde foi comprado. Para Marcos Nishikawa, priorizar o temperamento só tem trazido benefícios. “O número de pedidos é maior que o número de cães que tenho para entregar.”

Regras de boas maneiras (ou más?)

Visitas: Rapidamente identifique qual dos convidados tem medo de cachorro, corra pela casa latindo alto e pule bastante nessa pessoa. Se esse humano cair no chão e começar a chorar lamba seu rosto e rosne gentilmente para demonstrar sua preocupação.

Latido: Lata bastante por que você é um cachorro e eles esperam isso de você. Seus donos ficaram muito felizes em saber que você esta tomando conta da casa, especialmente de madrugada quando eles estão dormindo sossegadamente em suas camas. Para seres humanos não há sensação de segurança maior do que acordar no meio da noite e ouvir sua proteção através de latidos, latidos, latidos …

Lambidas: Sempre tome um grande gole de água da sua vasilha imediatamente antes de lamber um humano, eles preferem línguas limpas.

Portas: A área localizada diretamente a frente das portas está sempre reservada para a soneca do cachorro da família.

A arte de cheirar: Humanos gostam de ser cheirados, em todos os lugares. É seu dever como cachorro da família fazer isso sempre.

Etiqueta à mesa: Sempre se sente embaixo da mesa de jantar, especialmente quando há convidados, assim você poderá limpar com facilidade qualquer pedaço de comida que eventualmente cair no chão. Essa é também uma boa oportunidade para exercitar seu faro procurando pelas migalhas.

Jardim: Você pode ajudar seus donos a cultivar o jardim, faça sempre profundos buracos na terra e remova a grama… as raízes precisam de ar!

Perseguindo gatos: Quando estiver perseguindo um felino tenha certeza que não vai conseguir alcança-lo, isso estragaria a brincadeira!

Mastigando: Faça uma contribuição para o mundo da moda …. coma um sapato!

Eu sou seu filhote…

Eu sou seu filhote e irei amá-lo até a outra extremidade da terra, mas saiba algumas coisas sobre mim, por favor.

Eu sou um filhote e isto significa que minha inteligência e capacidade para aprender são a mesma de uma criança de 8 meses. Eu sou um filhote e eu mordo TUDO que eu posso com meus dentes, sou como você, gosto de aprender e explorar o mundo. Mesmo as crianças põem coisas em suas bocas. É aí que preciso de você para guiar-me e ensinar-me o que posso e o que não posso morder.

Eu sou um filhote e não posso prender minha bexiga por mais de 1-2 horas. Eu não posso “sentir vontade” até que comece realmente a sair. Eu não posso avisar e nem dizer que necessito ir ao banheiro. Só terei controle com 6-9 meses.

Não me puna se você não me deixar sair para fora por 3 horas e eu latir ou chorar. É SUA falha. Como um filhote, é sábio recordar que eu NECESSITO ir banheiro após comer, beber, dormir e além disso a cada 2-3 horas. Se você quiser que eu durma com você a noite, então não me dê a água após 7 ou 8 horas.

Um cercado ajudará a me conter mais facilmente e evitar as minhas loucuras. Eu sou um filhote.

Os acidentes acontecerão, sejam pacientes comigo! Na hora certa, eu aprenderei.

Eu sou um filhote e gosto de jogar. Eu correrei atrás e perseguirei monstros imaginários. Também perseguirei seus pés e seus dedos do pé, atacando-os. Rolarei com bolas e outros pequenos animais de estimação.

É brincadeira, e é o que faço.

Não espere me ver calmo, maduro e com sono o dia inteiro. Se meu nível de energia é demasiado elevado para você, talvez você poderia considerar um cão velho e cansado. Há vários deles que adorariam ser adotados.

Meu jogo é benéfico, use a sua grande sabedoria para guiar-me em minhas brincadeiras, com meus brinquedos apropriados e brinque de bolinha comigo. Me dê brinquedos que eu possa morder, eu adoro isso!

Se eu o beliscar muito forte, fale comigo “na conversa do cão”, dando um NÃO alto. Eu geralmente entenderei a mensagem e desta forma começaremos a nos comunicar.

Se eu estiver demasiado áspero e bruto, ignore-me simplesmente por alguns momentos, ou ponha-me em meu cercado com um brinquedo para morder.

Eu sou um filhote e não gostaria que você gritasse comigo, nem me batesse. Eu sou como um bebê de seis meses e acho que você não faria isso com uma criança, não é? Sou muito delicado e impressionável. Se você me tratar de forma áspera agora, eu crescerei temendo gritos e castigos.

Guie-me, entretanto, com incentivo e sabedoria, por favor. Por exemplo, se eu morder algo que não devia, diga “NÃO MORDA!” e entregue-me um brinquedo que eu POSSO morder. Lembre-se, eu NÃO CONSIGO fazer diferença entre seu sapato velho e seu tênis de R$ 200.

Eu sou um filhote, uma criatura com sentimentos e movimentação bem singulares, contudo também muito diferente. Embora eu não seja um ser humano, não sou um robô sem sentimentos que possa obedecer a qualquer comando com perfeição. Eu desejo, sinceramente, ser uma parte de sua família e da sua vida.

Você me escolheu (eu espero) porque você queria um parceiro e um amigo, portanto não me esqueça no quintal quando eu crescer. Não me julgue áspero, mas me conduza e me treine para ser um amigo gentil, com limites, como você gostaria que todo membro da família fosse.

Eu sou um filhote, eu não sou perfeito e eu sei que você não é perfeito também. Eu o amo de qualquer maneira. Assim, aprenda tudo que você puder sobre treinamento e comportamento de filhotes com meu veterinário. Ele pode ajudá-lo. Há também livros especializados e pesquisas na Internet. Meu criador pode ajudá-lo muito também. Aprenda sobre minha raça e suas ‘particularidades’. Isso irá mostrar a você porque eu faço o que faço.

Ensine-me por favor com amor e paciência a maneira correta de me comportar e me socialize aplicando treinamentos básicos de obediência. Adorarei se você mesmo os aplicar sobre mim. Isso seria muito divertido e você ia, com certeza, gostar muito. Temos muito com o que nos divertir.

Eu sou um filhote e, mais do que qualquer coisa, quero amá-lo e estar com você.

Então, por favor, aprenda o máximo sobre mim para que me compreenda. Retribuirei com muito mais do que pode imaginar. Nós somos parecidos, você e eu, ambos sentimos a fome, a dor, o desconforto e o medo, mas nós também somos muito diferentes e devemos trabalhar para compreender uma língua diferente: o corpo. O corpo sinaliza o que quer e necessita.

Algum dia eu serei um cão sociável e adorável e eu espero que isso possa deixá-lo orgulhoso de me amar tanto quanto eu o amo.

Com amor,

Seu Filhote.

13 coisas que os cães não entendem!

  1. Que é engraçado sair às 3 horas da manhã para praticar caça.
  2. Que está errado encurralar a vovó em um canto.
  3. Que não deve saltar em sua cama quando ele está molhado.
  4. Que o comando “Cale a boca!” queira dizer exatamente isto.
  5. Que o gato tem todo direito de estar sentado no quarto.
  6. Que defecar no tapete não é algo que o faça merecer um biscoito.
  7. Que continuar latindo para os convidados dez minutos depois que eles chegaram é estúpido.
  8. Que o comando “SENTE !” quer dizer exatamente isto.
  9. Que apesar de determinadas pernas serem agradáveis, não são para ele montar.
  10. Que o fato de você se levantar não significa que vai passear com ele.
  11. Que o fato de você estar comendo, não significa que ele pode.
  12. Quando você diz: “Mesmo você me olhando com esses olhos grandes, eu não vou ceder e dar a minha comida… Ok … Só desta vez”.
  13. Quando você diz: “Não. Este bolo é meu … Oh, certo então, mas só vou te dar um pedaço pequeno”.

Lei de propriedade Canina

  • Se eu gosto, é meu.
  • Se estiver na minha boca, é meu.
  • Se eu posso tirar de você, é meu.
  • Se estava comigo até agora pouco, é meu.
  • Se for meu, nunca vai ser seu.
  • Se existem brinquedos eles são todos meus.
  • Se eu morder e se partir, todos os pedaços são meus.
  • Se parecer meu, é meu.
  • Se eu tiver visto primeiro, é meu.
  • Se você estiver brincando com alguma coisa e cair no chão, automaticamente se tornará meu.
  • Se eu pensar que é meu, é meu.
  • Se estiver quebrado, é seu!

Depois »

Adestramento em  Campinas | André Stancatti Adestrador