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Beijar a Boca do Pet Faz mal? Confira!

Beijar o cachorro na boca faz mau?

Muitos donos de cães curtem beijar a boca do bicho de estimação. Alguns acreditam que a boca do cão é mais limpa do que a dos humanos, outros acham que é uma super demonstração de carinho, e também têm aqueles que dizem “Credo… que nojo”!  O que poucos sabem é que, pela saliva, os cães podem transmitir doenças ao homem e vive-versa. A saliva do cachorro pode transportar bactérias, vermes e fungos; e a do homem pode transmitir vírus, como o da herpes, e até passar o famoso “sapinho”. Ou seja, a prática de beijar os pets na boca pode ser prejudicial para a saúde de ambos.

Carrapatos prevenção!

A infestação por carrapatos no cão, além de provocar um incômodo muito grande ao animal pela coceira que provoca (reação alérgica), pode causar anemia e transmitir doenças como a Babesiose e a Erlichiose. A anemia no cão pode ocorrer nas grandes infestações, uma vez que o carrapato se alimenta do sangue do animal. Mas não é necessária uma grande quantidade de carrapatos para que a Babesiose ou a Anaplasmose sejam transmitidas.

Às vezes, um ou dois carrapatos que estejam carregando formas infectantes dos protozoários causadores dessas enfermidades são o bastante para que o cão contraia uma dessas doenças.

Assim, o controle do carrapato deve ser constante e qualquer sinal de apatia, febre, falta de apetite e mucosas (gengivas ou conjuntiva) pálidas em cães que costumam ter carrapatos, é motivo de uma visita ao veterinário e um exame de sangue, para detecção da Babesia ou da Erlichia. Elas são tratáveis quando diagnosticadas a tempo.

Mas o que fazer para evitar que o cão pegue carrapatos?
Infelizmente, não há nenhum esquema de tratamento preventivo. Se o cão freqüenta áreas infestadas por carrapatos, ele certamente irá pegá-los. Regiões com vegetação em sítios ou fazendas, são os lugares mais comuns. Porém, existem muitos casos de pessoas que tem problemas com carrapatos dentro de seus canis ou quintais e até em apartamentos. Às vezes, num passeio a uma praça ou parque, o cão pode se infestar.

E como combater o carrapato?
Assim como as pulgas, o carrapato não é um problema só do animal, mas sim do ambiente. O carrapato, em todos os seus estágios de vida (desde larva até adulto), é muito resistente. Combater o carrapato é difícil. Você pode eliminá-lo do cão facilmente com banhos carrapaticidas, porém, o inimigo que você não vê, ou seja, os ovos e larvas, estão no ambiente e nele sobrevivem durante meses. Muitos são os casos de proprietários que vivem combatendo o carrapato no cão, mas nunca conseguem exterminá-lo por completo.

Um outro detalhe é que os carrapatos colocam seus ovos na vegetação e também em frestas das paredes e piso. Dessa forma, todos esses lugares têm que ser tratados e não somente os cães. Quem tem na vizinhança terrenos com mato, criação de animais como cavalos e gado, pode sofrer com os carrapatos, pois esses parasitas são capazes de escalar altos muros em busca de alimento. Se isso estiver ocorrendo, é preciso controlar a infestação também na parte externa.

Um combate eficaz ao carrapato inclui:

No animal:

banhos carrapaticidas. Quando a infestação é grande, repetir os banhos a cada 15 dias;
animais de pêlos longos devem ser tosados no verão, época em que o calor e umidade fazem com que a incidência de carrapatos aumente muito;

produtos carrapaticidas de longa duração, em gotas para aplicação tópica (local) ou spray, podem ser aplicados, a critério do veterinário.

No ambiente:

uso de carrapaticidas: aplicar nos canis, casinha dos cães, em plantas e canteiros, atentando para frestas nas paredes ou pisos e ralos. O forro da casa não deve ser esquecido. Repetir o tratamento a cada 15 dias;
em canis de alvenaria, o uso da “vassoura de fogo” é muito eficaz. O calor irá destruir todos os estágios do carrapato. Repetir o tratamento a cada 15 dias; uma opção caseira são aparelhos com jato de vapor d’água fervendo;
se possível, fechar todas as frestas existentes nos canis ou paredes dos quintais, assim como no piso;
mude de produto a cada 2 ou 3 aplicações, para que o carrapato não desenvolva resistência e o tratamento passe a ser ineficaz.

Importante:

filhotes, fêmeas gestantes e gatos não devem ser banhados com produtos carrapaticidas;
CONSULTE O VETERINÁRIO antes de usar qualquer produto;
banhos carrapaticidas devem ser dados com o cuidado de não permitir ao animal lamber o produto durante o banho. A ingestão pode causar intoxicação grave;
animais com ferimentos abertos (feridas ou queimaduras) não devem ser tratados;
existem carrapaticidas para uso em cães, porém, muitas vezes são recomendados produtos de uso em bovinos e cavalos. AS DOSAGENS SÃO DIFERENTES. Consulte o seu veterinário antes de usar esses produtos;
retire os animais do ambiente que irá receber o tratamento contra carrapatos até que o produto usado seque completamente.

O combate ao carrapato deve ser intensivo e durante um longo período de tempo. Nos meses mais quentes, a infestação pode voltar e os cuidados devem ser redobrados. Nas áreas em que há carrapatos em qualquer época do ano, o tratamento deve ser constante.

O que é Filária? (Verme do Coração)

A Dirofilariose é uma doença debilitante e potencialmente fatal para os cães. A causa desta doença é um verme a Dirofilaria Immitis, que se aloja principalmente no ventrículo direito e a artéria pulmonar. O gato é ocasionalmente infectado.

O ciclo da Dirofilariose começa quando o mosquito ao se alimentar de um cão previamente infestado, recebe a microfilaria (ovos) através do sangue do cão. No mosquito a microfilaria se desenvolve em larva infestante (2 a 3 semanas), quando o mosquito for se alimentar novamente a larva penetra através do local da picada e ocorre um período de desenvolvimento da larva e uma migração até o coração esta fase toda demora entre 2 a 4 meses até que ao chegar no coração, a dirofilaria imatura se desenvolve em filaria adulta sexualmente ativa (num período de 2 meses). A partir daí havendo uma filaria de cada sexo, ocorre o acasalamento e as microfilarias (ovos) são liberadas na circulação sanguínea, onde um mosquito ao se alimentar recomeça todo o ciclo.

Qualquer cão está sujeito a filariose, porém as regiões litorâneas são áreas de maiores riscos devido à proximidade de florestas e Mata Atlântica que aumenta o número de mosquitos. A região de serra indiretamente também já se encontra alguns casos, pois muitas pessoas que possuem casa de praia, também as possuem na região serrana, com isto o cão leva de um lado para o outro as microfilarias.

Os sinais clínicos e grau de infecção dependerão, entre outras coisas, da susceptibilidade individual de cada animal, assim como a duração e severidade da infecção. Quando as filarias adultas estão presentes, podem causar inflamação das paredes das artérias no pulmão, obstruindo vasos sanguíneos e consequentemente alterando o fornecimento sanguíneo aos órgãos vitais. A partir dai uma série de problemas vai se desenvolvendo uma coisa linterligada a outra.

A maioria dos proprietários de cães não se dão conta que seu animal de estimação esta com filaria, até que a doença esteja bem avancçda . Somente nos últimos estágios, quando a doença é dificil de se tratar, os animais apresentam os sintomas típicos da doença: tosse crônica (inicialmente seca), respiração difícil, apatia, fadiga (devido a qualquer pequeno esforço), perda de peso e abdomem distendido causado pelo acúmulo de líquido (ascite devido à doença cardíaca crônica digestiva).

Existem alguns exames laboratorias feitos através da retirada de sangue do cão que avaliam a existência ou não de filaria e até mesmo o grau de infestação. Existe terapia para os animais já acometidos pela doença, contudo o seu veterinário deverá avaliar a situação, pois cada caso é um caso diferente e dependerá quão quanto o organismo do seu cão estará debilitado. Por outro lado há como evitar que o seu cão venha a ter esta doença desde filhote.

Consulte o seu veterinário para maiores esclarecimentos.

Perigo: Plantas Tóxicas

Por serem carnívoros, os cães dificilmente têm o costume de comer vegetais, o que torna raras as ocorrências de intoxicações por plantas. Porém, sob algumas circunstâncias, esses animais poderão ingerí-las. Filhotes e adultos extremamente ativos têm uma grande curiosidade por objetos novos no meio ambiente, como um vaso diferente colocado no terraço, ou uma planta estranha no jardim. A “bisbilhotice canina” não se satisfaz apenas em olhar ou cheirar. O animal geralmente termina por lamber, morder, mastigar e engolir o objeto que lhe despertou a curiosidade.

Cães privados de água, por exemplo, vão buscá-la, geralmente em plantas molhadas recentemente cujas folhas podem ser mastigadas. Em outros casos, cães confinados por períodos longos podem ser distrair comendo plantas.

Deficiência nutricional

A má nutrição pode também impelir ao consumo de vegetais, na tentativa de obter deles o nutriente que o animal carece. Adubação do solo com compostos orgânicos, como farinha de ossos com torta de mamona, encoraja esse consumo anormal. Em suma, cães ingerem plantas basicamente por curiosidade, lazer ou deficiência nutricional. As plantas, por sua vez, desenvolveram na sua evolução algumas armas de proteção como os espinhos que desencorajam grande parte das agressões e o sabor amargo que desestimula segundas tentativas dos curiosos. No entanto, um grande número de plantas possui substâncias tóxicas que poderão causar distúrbios digestivos, alérgicos, hepáticos, cutâneos, alucionógenos e até a morte, dependendo do tipo de planta consumida.

Tratamentos específicos

Uma única planta pode conter vários princípios tóxicos, para os quais há poucos antídotos específicos, o que dificulta o tratamento. Certas espécies têm substâncias irritantes que devem ser inativadas ou “protegidas” para não causarem mais lesões nos tecidos do aparelho digestivo. Para tais toxinas não se recomenda induzir vômitos para expulsão, pois provocariam danos ao voltar pelo esôfago e boca, agravando os males já causados pela ingestão.

Outras toxinas de plantas consideradas “solúveis em gordura” têm sua absorção favorecida quando engolidas com alimentos gordurosos, como o leite. Essa ingestão conjunta favorece, portanto, a absorção dos venenos, podendo agravar o quadro.

Prevenção

Se as plantas tóxicas estiverem entre suas preferidas e se você não abre mão de tê-las em casa, trate de, pelo menos, tomar os seguintes cuidados:

  • dificulte o acesso às plantas com uso de cerca, colocação dos vasos em locais de difícil acesso, poda das partes baixas das plantas, colheita de todos os frutos assim que apareçam;
  • utilize rações de boa qualidade e, se necessário, suplementos que evitem carências nutricionais;
  • deixe água fresca em locais de fácil acesso ao cão;
  • evite o confinamento do animal em recintos onde há plantas;
  • promova treinamentos sob assistência especializada.

Primeiros socorros

Caso o seu cão tenha ingerido alguma planta suspeita, siga estas orientações:

  • Lave a boca e os olhos do animal em água corrente.
  • Colete partes e frutos da planta que ele comeu.
  • Procure seu veterinário, que deverá ser informado sobre o tipo e quantidade de planta ingerida, horário presumido da ingestão e os sintomas observados antes da consulta.

Dependendo do tipo de planta e do estado do paciente, pode haver necessidade de internamento para eliminação do agente tóxico, controle dos sintomas e reposição eletrolítica (administração de soro com sais minerais) para evitar desidratações. Posteriormente, serão estabelecidos planos de alimentação e terapia pós-internação, visando sanar possíveis danos ao fígado e aos rins.

Conhecer as espécies tóxicas é o primeiro passo para que seu jardim não ponha em risco a vida do pet. No entanto, uma das grandes dificuldades em fazer este levantamento é a enorme variedade de nomes populares para uma mesma planta, o que pode causar confusões e problemas de identificação.

Quadro com um RESUMO de algumas Plantas Tóxicas
Vale lembrar que há uma diversidade enorme de plantas consideradas tóxicas e que podem fazer algum mal ao seu animal, o que apresentamos aqui é apenas um resumo.

Alamanda
Coroa-de-cristo
Lírio
Aroeira
Espada-de-são-jorge
Mamona
Azaléia
Espirradeira
Narciso
Belladona
Filodendro
Papagaio
Caju (a castanha crua)
Fumo
Pinhão-paraguaio
Chapéu-de-napoleão
Hera
Saia-branca
Cinamomo
Hortênsia
Tulipa
Cinerária
Jequiriti
Urtiga
Comigo-ninguém-pode
Lantana
Vinca
Confrei
   

Fontes:
Herbário – www.herbario.com.br
Com Ciência –
www.comciencia.br
Viveiro Manequinho Lopes – www.prodam.sp.gov.br
Pet Site –
www.petsite.com.br/planta.asp
Jardim de Flores –
www.jardimdeflores.com.br

Pulgas, saiba como proteger seu animal!

As pulgas são pequenos insetos marrons e sem asas. Elas dependem do hospedeiro, que neste caso são o cão e o gato, para se alimentarem e se protegerem, permanecendo toda a sua vida nestes e em outros animais contactantes. Há mais de 2000 espécies em todo o mundo, porém, a Ctenocephalides felis felis é a espécie mais comum, prevalecendo em mais de 90% dos cães e gatos. A fêmea da pulga deposita seus ovos (brancos com 0,5 mm de comprimento) no animal e, como não se fixam, caem no ambiente onde apenas dependem da temperatura e da umidade para eclodirem em larvas, num período de até 10 dias. Estas aprofundam-se nos carpetes, cobertores e frestas de pisos, onde se alimentam de restos orgânicos e fezes de pulgas adultas. Em 5 a 11 dias formam um casulo onde ocorre a forma de pupa. A 27ºC e 80% de umidade ambiental, podem se transformar em pulgas adultas em apenas 5 dias. Porém, tal fato só ocorre se houver animais ou pessoas no ambiente; caso contrário as pulgas podem permanecer no casulo por até 140 dias. Normalmente o ciclo de vida se completa em 3 a 4 semanas e as pulgas vivem no animal por mais de 100 dias. A partir do quarto dia se alimentando do sangue do animal, cada fêmea produz , em média, 20 ovos por dia durante 21 dias. Se não interrompermos o ciclo, a infestação no animal torna-se extremamente incômoda e maléfica à sua saúde.

As pulgas são transmissoras de parasitas aos animais e ao homem. Quando ingeridas pelos cães e gatos no ato de se lamberem ou se mordiscarem, ou pelo homem acidentalmente, levam, para o intestino, a forma infectante do Dipylidium caninum, verme cestóide, semelhante à Tenia, “solitária” do homem. Constitui-se, portanto, numa zoonose e pode, nos animais, levar a emagrecimento, diarréia, perda de pêlos e até à morte se não tratada. O animal apresenta coceira na região anal, arrastando a região no chão, e ,às vezes, podem ser vistas as proglotes do verme, pequenos reservatórios de ovos, em volta do ânus ou nas fezes, semelhantes a grãos de arroz.

Os gatos, por sua vez, são vítimas de um parasita sanguíneo, chamado Hemobartonella felis, transmitido naturalmente pela picada da pulga, causando a doença denominada de Hemobartolenose. Os sintomas são perda de peso, fraqueza, depressão e falta de apetite, devido a uma anemia que pode se tornar crônica. Se não tratados, mais de 30% dos gatos podem vir a óbito.

Como se não bastassem as doenças acima citadas, o incômodo da presença das pulgas sobre a pele do animal pode ser agravado se este desenvolver alergia às picadas deste inseto. Tanto o cão quanto o gato são passíveis de manifestarem uma hipersensibilidade em que basta uma picada por semana para induzir a uma coceira insuportável, induzindo o animal a se ferir, muitas vezes gravemente, o que exige um tratamento urgente. Quando não tratada no início, a alergia torna-se crônica, levando a alterações irreversíveis da pele e da pelagem, além de poder alterar o estado emocional do animal, que permanece em constante estado de estresse devido à coceira incessante. O cão ou o gato, em alguns casos, passa a comer menos e torna-se deprimido ou agressivo, dependendo de sua personalidade. É também, muitas vezes, isolado do convívio familiar por causa das condições de sua pele, que pode apresentar descamação e infecções produtoras de odores desagradáveis.

Como todos podemos ver, as pulgas não devem ser eliminadas e evitadas por toda a vida do animal apenas por ser um inseto, mas sim por interferir significativamente na saúde e bem-estar dos nossos fiéis companheiros.

Como proteger nossos animais?

Visto que as pulgas são capazes de pular até 30 cm, não havendo portanto a necessidade de contato íntimo, o cão ou o gato podem adquiri-las passeando na rua ou no próprio quintal, prédio ou carro onde possam ter acesso outros animais. Daí a importância de oferecermos a eles mecanismos de combate e proteção contra as pulgas. Caso o animal já as possua, ou apenas se queira evitar, há um verdadeiro arsenal disponível, o que escolher? Para cada caso há uma solução mais adequada, dependendo do grau de infestação, do tipo dos ambientes em que vive e frequenta, do número e condições dos animais com quem tem contato e se é alérgico ou não. Tais fatores vão orientar o esquema de erradicação das pulgas quanto aos medicamentos e período necessários para tal.

Podemos encontrar uma variedade enorme de sabonetes, shampoos, pós, talcos, sprays e coleiras anti-pulgas, alguns para serem usados nos cães e gatos e outros nos ambientes, porém atualmente contamos com medicamentos mais modernos, seguros e eficientes. Em tal grupo encontramos o Frontline (Spray e Top Spot), o Advantage Spot On e o Program. O Frontline e o Advantage atuam matando as pulgas em até 24 horas, não sendo absorvidos pela pele, possuindo efeito contínuo por 30 a 60 dias, dependendo do produto e da espécie do animal. O Program interrompe o ciclo reprodutivo das pulgas, impedindo-as de se proliferarem, e encontra-se em forma de comprimidos para cães e líquido para gatos. Age durante 30 dias e possui uma substância que circula inativa pelo sangue do animal até ser ingerida pela pulga na picada.

A dedetização periódica dos locais frequentados pelos animais, desde que realizada por empresas especializadas, ou caseira com produtos idôneos, auxilia no controle das pulgas do animal devido à erradicação das formas intermediárias que se encontram no ambiente. No caso de serem utilizados aspiradores de pó com sacos não descartáveis, é recomendado colocar pó anti-pulga nestes para que não se tornem ninhos em potencial, devido ao calor e à quantidade de restos orgânicos acumulados.

É muito importante que se saiba que todos os produtos são capazes de induzir a intoxicações caso não sejam utilizados de acordo com as recomendações do fabricante, ou seja, algumas substâncias não podem ser ingeridas, utilizadas nos animais (só no ambiente), em filhotes de até uma certa idade, em gatos, em fêmeas prenhes ou em lactação ou em animais que possuam algum problema de saúde específico. Ou seja, além de proteger a saúde dos animais e das pessoas (que convivem com estes e/ou vão manipular os produtos), seguir rigorosamente as instruções da embalagem permite obtermos o máximo do efeito anti-pulga.

Se possível, este controle deve ser realizado continuamente, visto que não possuímos estações climáticas bem definidas, havendo períodos quentes até mesmo durante o inverno, que permitem a reprodução eficiente das pulgas. Devido à grande quantidade existente e ao constante surgimento de novos produtos anti-pulgas, recomenda-se consultar o médico-veterinário antes de adquiri-los a fim de se garantir o melhor resultado possível para cada caso, dependendo do grau de infestação, da espécie animal, da idade, do tipo de pelagem e do estado de saúde do nosso bichinho. O importante é não desprezarmos este pequeno inimigo, que, por viver há mais tempo que nós neste planeta, encontra-se muito bem adaptado ao nosso meio-ambiente, acompanhando-nos sempre que puder.

Vacinas + Veterinário = Saúde Canina

Agora falaremos de um assunto muito importante: a vacinação.
No quadro abaixo, descrevemos como devem ser as aplicações das vacinas.

2 meses 1ª dose da vacina óctupla (V8)
3 meses 2ª dose da vacina óctupla (V8)
4 meses 3ª dose da vacina óctupla (V8) e primeira dose da anti-rábica
Anualmente retornar ao veterinário para reforço das vacinas

Em todas às idas ao veterinário deve-se passar por exame geral e tirar todas as dúvidas sobre meu desenvolvimento.

Com essas vacinas o organismo do cão estará protegido contras as seguintes doenças: Cinomose, Coronavirose, Hepatite (adenovirose I), Adenovirose II, Leptospiroses, Parvovirose e Parainfluenza. A vacina contra a raiva é outra específica, a anti-rábica.

Previna-se Cuidado com a “dirofilariose canina”

Abaixo uma breve descrição dessas terríveis doenças:

Parvovirose: causada por um vírus que produz gastroenterite hemorrágica, ou seja, o cachorro tem vômitos graves, diarréia com sangue e uma severa desidratação. Isso pode até matar os filhotes. Seu cão poderá adquirir a parvovirose quando estiver em contato com local onde há vírus se, por exemplo, lamber alguma área onde outro bicho doente eliminou as fezes.

Coronavirose: produzida também por um vírus, causando gastroenterite, com sintomas de vômitos e diarréia, muitas vezes sem sangue. A forma de contato é a mesma da parvovirose.

Hepatite infecciosa: provoca nos cães vômitos, diarréia e falta de coordenação, levando o animal à morte. Causada por vírus com transmissão oronasal, ou seja, além de ingerir material contaminado, pode-se infectar por partículas de vírus presentes no ar.

Raiva: causada por vírus transmissível por meio da saliva de um animal infectado. Leva à morte animais e seres humanos. A raiva é transmitida pela mordida de um animal raivoso.

Leptospirose: causada pelas bactérias Leptospira spp, provoca lesão hepática aguda, com febres altas, apatia e muitas vezes icterícia (amarelamento da pele e das mucosas). E tem mais um agravante: essa doença é transmissível aos homens e outros animais. O cão pode ser infectado pela urina contaminada , principalmente de ratos. Nesse caso, o cãozinho ingere a urina contaminada ou, nos casos mais comuns, o rato urina na ração ou na água do animal. Existe a possibilidade de infecção por meio da pele.

Cinomose: causada por um vírus que provoca sintomas de doenças do trato respiratório e, em seus estágios mais avançados, apresentam sintomas nervosos, como falta de coordenação, ataques epiléticos e tiques nervosos. O contágio acontece por meio de partículas de aerossóis que estão presentes em ambiente infectado.

Parainfluenza: É um dos agentes causadores da chamada “tosse dos canis”. O vírus, não contagioso ao homem, causa uma tosse não produtiva (sem catarro), com febre baixa ou ausência dela. O quadro persiste por 2 semanas e o prognóstico é bom. Os animais se contaminam pelo contato direto com cães infectados. O período de incubação é de nove dias. A associação de outros agentes (bordetella, adenovirus ou mycoplasma) com a parainfluenza é comum, e pode causar um quadro mais severo, como perda de apetite, apatia, tosse dolorosa e febre alta.

Cuide bem do seu cão vacinando-o regularmente com acompanhamento de Veterinário de sua confiança.

Por que a vacinação contra a Raiva é importante?

A Raiva

 
Introdução
É uma doença infecciosa aguda que acomete mamíferos (homens e animais), causada por um vírus que se multiplica e se propaga – via nervos periféricos – até o sistema nervoso central, de onde passa para as glândulas salivares, nas quais também se multiplica.
O prognóstico é fatal em todos os casos e representa um sério problema de saúde pública.
A doença expõe grande número de pessoas e animais ao risco de contaminação e os custos necessários para o seu controle ou erradicação são elevados.

Agente etiológico e suas propriedades

É um vírus RNA, pertencente à família Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus. Em sua constituição encontram-se 5 proteínas, sendo que a glicoproteína do envoltório viral é o único antígeno capaz de induzir síntese de anticorpos neutralizantes no hospedeiro, conferindo proteção à doença.
O vírus rábico é inativado por diversos agentes físicos e químicos, tais como: radiação ultravioleta, detergentes, agentes oxidantes, álcool, compostos iodados, enzimas proteolíticas e raio X. É sensível aos ácidos com pH<4 e às bases com pH>10. É inativado pelo calor, sobrevive 35 segundos a 60°C, 4 horas a 40°C e vários dias a 4°C.

Modo de transmissão

A forma mais comum de transmissão é através de contato com saliva de animal raivoso, seja por mordeduras ou lambeduras de mucosa ou de pele com solução de continuidade. As arranhaduras também têm potencial de contaminação, devido à salivação intensa dos animais doentes, que muitas vezes contaminam suas patas. O contato indireto não é considerado veículo de transmissão, mas há pouca discussão a este respeito na literatura. Outras formas de contágio, embora raras, são: transplante de córnea, via inalatória, via transplacentária e aleitamento materno. Teoricamente, é possível a transmissão de raiva por contato íntimo intradomiciliar ou em unidades de saúde através de secreções infectantes. Entretanto, não há casos registrados com essa epidemiologia.
A fonte de infecção é o animal infectado pelo vírus rábico. Em áreas urbanas, é principalmente o cão (quase 85% dos casos), seguido do gato. Em áreas rurais, além de cães e gatos, morcegos, macacos e mamíferos domésticos como: bovinos, eqüinos, suínos, caprinos, ovinos. Os animais silvestres são os reservatórios naturais para animais domésticos.

Período de incubação

No homem, varia de 2 a 10 semanas, em média 45 dias. Porém, há relato na literatura mencionando um período de incubação de até 6 anos. Depende da quantidade de vírus inoculado, proximidade do sistema nervoso central e gravidade da lesão. Em animais silvestres este período é bastante variável, não havendo definição clara para a grande maioria deles.

Período de transmissibilidade

Ocorre antes do aparecimento dos sintomas e durante o período da doença. No cão e gato este período se inicia de 5 a 3 dias antes dos sintomas.

Quadro clínico no homem

A doença começa com um período prodrômico de sintomas inespecíficos, caracterizados por febre, cefaléia, mal-estar, anorexia, náusea e dor de garganta. Na maioria dos casos há alteração de sensibilidade no local da mordedura, como formigamento, queimação, adormecimento, prurido e/ou dor local. Esse período varia de 2 a 4 dias.
Posteriormente, instalam-se sintomas de comprometimento do sistema nervoso central, caracterizados inicialmente por ansiedade, inquietude, desorientação, alucinações, comportamento bizarro e até convulsões. As crises convulsivas podem ser desencadeadas por estímulos táteis, auditivos ou visuais. Em cerca de 50% dos casos costuma haver espasmos de faringe e laringe após beber ou mesmo desencadeados pela simples visão da água ou vento no resto (hidrofobia e aerofobia, respectivamente). No homem, são raros os surtos de agressividade, com tendência de atacar ou de morder, característicos da raiva furiosa nos animais. Outros sintomas acompanhantes são hipersalivação, fasciculação muscular e hiperventilação. Esse período dura de 4 a 10 dias.
Na fase final, instala-se um quadro de paralisia progressiva ascendente e coma no final da evolução.

Quadro clínico no cão


Como o cão é a principal fonte de infecção para o homem, é importante conhecer os principais sintomas da raiva canina.
O cão, depois de ser mordido por um animal raivoso, desenvolve a doença num período de 21 dias a 2 meses, em média. Existem 2 formas de raiva canina: a furiosa e a paralítica, dependendo da predominância de uns ou de outros sintomas.
A forma furiosa caracteriza-se por inquietação, tendência ao ataque, anorexia pela dificuldade de deglutição e latido bitonal, posteriormente paralisia, coma e morte.
Na forma paralítica, ao contrário da furiosa, não há inquietação ou tendência ao ataque, o cão tende a se isolar e se esconder em locais escuros. Apresenta paralisia de patas traseiras, que progride e o leva à morte. A duração da doença é de 3 a 7 dias.

Diagnóstico

O diagnóstico da raiva é feito através do quadro clínico sugestivo e da história clínica do paciente com antecedente de mordedura ou outros tipos de exposição. No diagnóstico da raiva humana, existem várias técnicas laboratoriais para identificação de antígenos ou anticorpos específicos da doença, tais como: reação de imunofluorescência direta, imunofluorescência indireta, soroneutralização e prova biológica. Os materiais a serem examinados incluem: sangue, saliva, bulbo piloso, esfregaço da córnea e tecido nervoso, sendo que este último é retirado do material da necrópsia.

Tratamento

Uma vez instalada a doença não há tratamento específico, e a letalidade é de 100%. O tratamento paliativo visa minimizar o sofrimento do paciente.

Tratamento profilático

A profilaxia consiste na aplicação de uma série de doses de vacina anti-rábica por via intramuscular, na região do deltóide, durante o período de incubação da moléstia. A administração de soro anti-rábico está indicada nos casos com forte suspeita de contaminação com o vírus rábico. Esses tratamentos devem ser feitos de acordo com a orientação médica.
A vacina anti-rábica utilizada atualmente no Brasil é do tipo Fuenzalida & Palácios. Ela é preparada através do tecido nervoso de camundongos lactentes infectados com vírus rábico, o produto é inativado por radiação ultravioleta ou betapropriolactona. A vacina deve ser mantida em refrigerador de 4 a 8°C.
Durante o tratamento podem ocorrer reações às vacinas anti-rábicas e elas podem ser locais, gerais ou neurológicas. As reações locais manifestam-se por dor, prurido e eritema no local da aplicação, com ou sem aumento de gânglios linfáticos locais. As reações sistêmicas são dores musculares ou articulares, dor de cabeça, febre, insônia e palpitação. Em casos mais graves: urticária e choque anafilático. As reações neurológicas são raras, estão relacionadas ao número de doses aplicadas e podem ser classificadas em 4 tipos: encefalomielite, mielite, neurite e paralisia ascendente.
Outro tipo de vacina é o de cultivo celular. O vírus rábico foi adaptado para ser cultivado em células diplóides humanas, células de rim de hamster e rim de macaco. Esta vacina apresenta alto poder imunogênico, eficácia elevada e baixo índice de efeitos adversos, mas tem, como inconveniente, o alto preço.
O soro anti-rábico é obtido de equídeos hiperimunizados com vírus rábico inativado. A aplicação se dá em dose única, por via intramuscular, em locais diferentes da aplicação da vacina e parte da dose deve ser infiltrada ao redor do ferimento. As reações ao soro, que não são incomuns , podem ser divididas em: reações anafiláticas, reações anafilactóides e doença do soro.

Conduta frente à mordedura

  1. Limpeza do local com água e sabão e desinfecção com álcool ou soluções iodadas, imediatamente após a agressão. 

  2. Quando o animal agressor for cão ou gato deve-se observá-lo durante 10 dias para identificar qualquer sintoma sugestivo de raiva; se possível, o animal suspeito deve ser sacrificado e sua cabeça ou seu cérebro deve ser enviado para o Instituto Pasteur, em gelo, para o exame laboratorial. 

  3. Procure orientação médica, nos postos de atendimento. Na Capital: Instituto Pasteur ou Prontos Socorros Municipais de Santana, Santo Amaro, São Miguel Paulista e Pirituba. No interior: Centros de Saúde.

 

 Medidas de controle

  
  1. Tratamento preventivo 

  2. Vacinação de cães e gatos anualmente 

  3. Captura dos cães errantes, responsáveis pela transmissão da raiva ao cão doméstico e ao homem 

  4. Diagnóstico laboratorial dos casos suspeitos 

  5. Vigilância Epidemiológica 

  6. Orientação educacional para a população em geral, a fim de esclarecer sobre o perigo da doença e seu modo de transmissão. Evitar aproximação de animais estranhos, evitar tocar em animais feridos e não perturbá-los quando estiverem comendo, bebendo ou dormindo.

 

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