Adestramento em  Campinas | André Stancatti Adestrador

Chow-Chow – Adestra Campinas

O Chow Chow é um cão robusto com uma cabeça larga e orelhas pequenas e arrendondadas. A raça tem um pêlo bastante denso, que é ao mesmo tempo liso e resistente. A pele é particularmente grossa ao redor do pescoço, dando a aparência de uma juba. O pêlo pode ser um entre várias cores, incluindo marrom-avermelhado (descrito como “vermelho”), preto, azul, cor-de-canela, creme, ou branco. Nem todas as variedades de cores são reconhecidas e válidas em todos os países. Indivíduos malhados ou multicoloridos são considerados fora do padrão da raça. Chow Chows são incomuns por possuírem uma língua preto-azulada e pernas bastante retas que resultam em um andar um tanto empolado.

Normalmente mantido como um cão de companhia, o Chow Chow tem uma reputação de ser uma raça teimosa e independente e às vezes difícil de se treinar. Eles têm a reputação de serem agressivos, podem ser bastante indiferentes com estranhos e freqüentemente não se dão bem com outros cães.(muito raramente)

Os chow chows são cães carinhosos devido a esse temperamento, muitas vezes mal interpretado, o Chow Chow, deve desde cedo, assim que liberado pelo veterinário, iniciar um trabalho de sociabilização, onde outras pessoas, cães e mesmo gatos devem fazer parte de seu convívio diário, sendo que no caso de animais, principalmente no início, a convivência deve ser supervisionada. Vale ressaltar que assim como nos seres humanos, cada animal possui seu próprio e único temperamento, que deverá ser sempre levado em consideração.

altura: 46 para 56 cm | peso: 20 para 32 Kg

Bichon Frisé – Adestra Campinas

De origem franco-belga, o Bichon Frisé é uma raça antiga, descendente do Barbet. A raça foi reconhecida oficialmente na França em 1933. Na época, como a raça era conhecida por dois nomes diferentes, “bichon” e “teneriffe”, foi proposta uma unificação. Foi então criado o nome “Bichon Frisé”, em referência ao tipo de pelagem cacheada, que o difere dos outros bichons.
Sua pelagem é branca, longa, macia e cacheada. Pode atingir o comprimento de até 10 cm em algumas partes do corpo. Os olhos são escuros, mais arredondados do que amendoados. As orelhas são caídas e bem revestidas de pêlos finos e frisados. O tamanho do Bichon Frisé não deve ultrapassar os 30 cm., medidos na altura da cernelha.

A raça possui todas as qualidades de um bom cão de apartamento. Não solta pêlos, adora a companhia da família, tem porte pequeno, e não necessita de grandes espaços. Porém, é uma raça que tem muita disposição e precisa exercitar-se regularmente. Segundo Leandro Levendosk, de São Paulo, SP, criador da raça há 4 anos,

 o bichon adapta-se com facilidade à espaços menores, mas “é importante observar que dispõe de muita energia e precisam de uma dose razoável de exercício diário”, explica.

Temperamento
É uma raça considerada sociável, inteligente e de boa adestrabilidade. Muito ativo, o bichon está sempre disposto, é alegre e brincalhão. Em casa, sempre busca por companhia. “Eles adoram carinho, e preferem permanecer ao lado dos donos”, diz Leandro.
É uma raça tranquila também em relação às crianças. Aceita bem outros animais, mas precisa manter contato com eles desde cedo. “É uma raça para conviver em família”, conclui.

A raça no Brasil
Apesar da excelente qualidade dos exemplares brasileiros, a criação da raça no Brasil não é grande nos dias de hoje. “A criação do Bichon Frisé já esteve mais forte no Brasil há 10 anos”, reconhece Leandro.
De acordo com a CBKC (Confederação Brasileira de Cinofilia) foram registrados somente 398 exemplares no ano passado, contra mais de 1.100 registros no ano de 2000.

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Afghan Hound – Adestra Campinas

A origem do Afghan Hound, considerada uma das mais belas e exóticas entre todas as raças, é muito antiga e perde-se no tempo. Por isso mesmo, sobram lendas a respeito da raça, que teria sido, segundo relatos, o representante da espécie canina na arca de Noé.

Alguns historiadores baseiam-se em um manuscrito chinês para provar que o Afghan, conhecido como Tazi em seu país de origem, seria o descendente direto dos primeiros canídeos que habitavam as estepes asiáticas 100 mil anos antes da era cristã.

A palavra Tazi, utilizada pelos afegãos para o nome da raça também significa ‘rápido’ ou ‘branco’ e também seria o nome de uma cidade entre Ghazni e Kandahar, que o sultão Muhmud de Ghazni havia dedicado aos Afghans que teriam ajudado a conter uma invasão hindu.

Veschnost kennels Todas essas hipóteses na verdade dificilmente serão passíveis de comprovação, mas dão uma boa idéia do fascínio que estes cães despertam.

O que parece certo é que o Afghan foi abordado, pela primeira vez, numa aquarela publicada na obra de Thomas D Broughton, chamada ‘Cartas escritas em um campo de Mahratta’, em 1809.

O primeiro Afghan ‘real’ chegou à Inglaterra em 1907, levado pelo capitão John Barff e exposto no Palácio de Crystal em outubro daquele mesmo ano.

Outros cães começaram a chegar à Europa a partir daquela data e provocaram grande discussão entre os criadores, uma vez que o tipo físico deles era bastante heterogêneo, chegando-se mesmo a considerar a divisão da raça em duas, em 1962. A proposta de divisão foi feita por uma juiza baseando-se nas diferenças entre os afghans ‘do deserto’, também chamados de ‘bell murray’ e os afghans ‘das montanhas’, ou ghazni. A principal diferença entre os dois tipos era o tamanho dos cães, sendo que os do ‘deserto’ eram muito maiores do que os ‘da montanha’ e os ‘da montanha’ tinham uma pelagem muito mais longa do que os ‘do deserto’. De qualquer forma, o padrão oficial do Afghan, escrito apenas em 1933, contemplava os dois tipos físicos.

Na sua terra natal, os Afghans foram utilizados para um grande número de tarefas: eram utilizados para entrega de correspondências, como cão de caça à gazela e à lebre, e até mesmo como cão de defesa de propriedades. Apesar das tarefas distintas, todas tinham em comum o fato de que o Afghan é um cão anatomicamente desenhado para desenvolver grande velocidade, o que lhe rendeu ainda a tarefa de cão de corrida, que ainda é praticada em muitos países, especialmente na Inglaterra e Estados Unidos.

Personalidade

Club Français des Amateurs de Lévriers d'Asie Persans & AfghansO Afghan Hound, até em função de suas atividades originais, que obrigavam que ele mesmo tomasse suas decisões, não é um cão de atitudes submissas e devotadas. Isso não quer dizer que ele não se apegue aos donos, mas sim que só vai obedecer se quiser.

Para aqueles que esperam um cão que siga o dono pela casa, o Afghan é totalmente contra-indicado. No entanto para aqueles que desejam um cão mais independente, que não fique pedindo carinho e solicitando atenção, o Afghan pode ser uma boa pedida. Alguns criadores sintetizam esse traço de comportamento afirmando que o Afghan tem um comportamento muito mais ‘felino’ do que canino.

É um cão bastante tranquilo, que pode até viver em pequenos espaços, mas que precisa fazer exercícios regulares para se manter saudável e em forma, uma vez que sua estrutura física foi moldada para esta finalidade.

Não costuma latir em excesso. O relacionamendo do Afghan com crianças é controverso e normalmente os criadores afirmam que a disposição de brincar e respeitar crianças varia muito de acordo com cada exemplar, o mesmo valendo para o convívio com outros cães e gatos… Alguns podem conviver relativamente bem e outros não. Agora… com certeza é melhor evitar a presença de roedores na mesma casa, uma vez que em sua origem o Afghan era, antes de mais nada, um caçador e são grandes as chances de acontecer um ‘acidente’.

Na classificação do pesquisador Stanley Coren, em seu livro ‘A Inteligência dos Cães’, o Afghan é o último colocado. Isso não quer dizer que a raça seja ‘burra’, mas que simplesmente que eles não fazem a menor questão de obedecer a comandos.


O Filhote

O filhote de Afghan passa por uma transformação total até chegar aos dois anos. Logo que nasce não lembra nem de longe a elegância de um adulto. Tem a cara chata, focinho curto e poucos pêlos.

Aos poucos, começa a ‘parecer’ um Afghan e a partir dos 3 meses fica mais fácil de identificar as características da raça.

Como todos os filhotes, o Afghan precisa, desde cedo, perceber quais são os seus limites de maneira clara. Especialmente devido ao seu temperamento independente, aulas de obediência devem ser feitas preferencialmente pelo proprietário e de maneira que o filhote sinta-se estimulado constantemente, caso contrário as aulas podem ser uma grande frustração para o proprietário.

Não se deve perder de vista o fato de que o Afghan tem um temperamento muito típico, mas que corretamente estimulado pode ser um cão bastante obediente.

Um dos principais cuidados que se deve ter com o filhote é proporcionar bastante atividade física, mas nunca se deve soltar um afghan (mesmo depois de adulto), num espaço sem proteção de grades, caso contrário o cão pode facilmente escapar e será muito improvável que o proprietário consiga alcançar um Afghan correndo.

Caso o cão more em casa com quintal, deve-se ter o cuidado de aumentar o muro para uma altura segura. Afghans conseguem pular grandes alturas com relativa facilidade.

Veschnost kennels

A Pelagem

Uma das principais características da raça é sua pelagem longa e exuberante. No entanto essa mesma pelagem é uma das principais dificuldades da manutenção da raça.

O Afghan precisa de escovações regulares, um processo que, num cão adulto pode levar mais de 2 horas.

O banho deve ser dado semanalmente e o pelo deve ser desembaraçado ANTES, caso contrário, a formação de nós é inevitável. A secagem deve ser feita com muito cuidado, para que o pelo não quebre e evitando o surgimento de fungos e outros problemas relacionados à pele.

O Afghan costuma perder o pelo ‘infantil’ em torno dos 9 meses. A partir desta idade a escovação deve ser, de preferência, diária, visando ajudar na troca de pelo. O mais importante, no entanto, é acostumar o filhote desde cedo a esta rotina de escovação que fará parte do seu cotidiano.

Alguns Afghans possuem uma espécie de barbicha, chamada de mandarim, que confere ao cão um aspecto ainda mais exótico e aristocrático.

Durante o verão há uma tendência do Afghan perder mais pêlos, mas não a ponto de espalharem pela casa como ocorre com raças sujeitas à muda. Neste período, pode-se escovar a cada dois dias para removê-los.

Club Français des Amateurs de Lévriers d'Asie Persans & Afghans

Cores

A raça admite todas as cores. No entanto algumas são mais valorizadas do que outras, especialmente devido à sua pequena frequência de aparecimento.

As cores mais comuns são: marfim, dourado (numa grande variedade de tons que vai desde o creme ao acaju), azuis, tigrados e cinzas. Uma das mais raras é a chamada ‘dominó, que é o creme acompanhada de um tom cinzento/azulado no dorso.

Em qualquer uma das variedades, é aceito que os cães tenham máscara preta no focinho.

Um dado importante sobre a coloração do Afghan é que ela só é considerada definitiva após o cão ter feito a primeira troca de pelos com 9 ou 10 meses.

Problemas comuns à raça

Normalmente os Afghans são cães fortes e resistentes, não havendo registro de doenças específicas da raça. No entanto, de maneira geral tem predisposição para desenvolver alguns problemas:

  • Otite – especialmente pelo formato de suas orelhas mais longas. A prevenção é basicamente feita com a limpeza semanal dos ouvidos para diminuir os riscos de infecção.
  • Tártaro e problemas de gengivite
  • Raquitismo – em função de seu rápido crescimento, está sujeito a raquitismo, que pode causar deformações ósseas e dificuldade na locomoção. Em filhotes é possível evitar ou corrigir a doença. Mas nos adultos não há cura.
  • Catarata juvenil – que pode levar o cão a ficar cego

 

Boxer – Adestra Campinas

Boxer é uma raça de cão de médio porte e pêlo curto, de cor dourada ou tigrada, de mandíbula proeminente, corpo quadrado e de porte atlético.

Histórico

O primeiro aparecimento de exemplares da raça foi em 1895, por amabilidade do Clube Alemão do São-Bernardo que permitiu, durante uma exposição monográfica da raça, a exibição de alguns exemplares de boxer. Contudo, no início não se alcançou o êxito desejado, no intuito de melhorar e popularizar a raça. Ganhou “Múhlbauers Flocki”, filho de “Tom” um buldogue branco, propriedade do Dr. Toenniessen, e da fêmea bierboxer (moderno bullenbeisser) “Alt’s Schecken”, filha de “Alt’s Flora”, uma fêmea tigrada levada para a Alemanha a partir do sul da França em 1887 por George Alt, natural de Munique. “Flocki” seria o primeiro Boxer inscrito no Livro de Origens.

Em 17 de Janeiro de 1896 seria fundado na cidade de Munique (capital da Baviera) o clube alemão da raça, o Boxer Klub Sitz Münche, e dois meses mais tarde, a 29 de Março, organizava-se a primeira exposição monográfica, actuando como juíz Elard König.

Em 1902 fixaram-se, de forma provisória, as primeiras bases raciais, sendo publicado em 1904 o primeiro Livro de Origens (Zuchbuch), registo genealógico da raça, ao mesmo tempo que surgia o “Boxer Blatter, boletim do clube onde era publicado o primeiro estalão oficial.

Durante estes anos de início na criação e selecção apareceram certas controvérsias, entre o cada vez mais numeroso grupo de aficionados, em relação à estrutura que o Boxer deveria ter: havia quem preferisse o tipo semelhante ao Bulldog clássico; outros, pelo contrário, inclinavam-se mais para o tipo do antigo Bullenbeisser; por último, havia os que aspiravam a um cão diferente, mais evoluído e elegante. Finalmente, o clube inclinou-se por esta última versão e esse foi o seu ponto de referência até aos nossos dias.

É curioso observar como a cor branca foi dominante nos primeiros anos de história da raça, altura em que o conceito de funcionalidade primava em relação a outros factores, chegando inclusivé a ser permitido que o branco ocupasse a maior parte do manto do cão com a intenção de não afastar da criação, exemplares que pudessem fornecer outra série de características interessantes. Pouco tempo depois (anos 1925 e 1926), o clube efectuou uma série de revisões no estalão e começou a tentar a sua eliminação através duma intensa selecção, meta que ainda não foi totalmente atingida pelos criadores de Boxer, uma vez que ainda continuam a nascer cachorros brancos.

Depois da Segunda Guerra Mundial, o boxer é já uma raça popular nos cinco continentes, com um altíssimo nível de criadores em países como a Alemanha, Holanda, Itália, Estados Unidos, etc. Durante este período a raça vive os seus melhores momentos, graças à homogeneidade conseguida no tipo dos exemplares. Em 1950 nasce na cidade de Strassbourg a ATIBOX (Associação Técnica Internacional do Boxer) cuja finalidade é a manutenção dum estalão morfológica e psiquicamente, belo e funcional, marcando as directrizes a seguir na criação e evolução da raça, com critérios uniformes para os diferentes países. Esta associação agrupa todos os clubes de Boxer a nível mundial e celebra anualmente uma assembleia geral na qual se encontram representados todos os seus filiados. Além disso, organiza uma exposição de beleza e um campeonato de trabalho.

Origem

Pelo menos cinco raças participaram na criação do boxer: o bullenbeisser (“mordedor de touros”), o baerenbeisser (“mordedor de ursos”), o brabanter da Bélgica, o dantziger da Polónia e o bulldog inglês.

Os bullenbeiasers (há quem o defina como a sua versão moderna) eram famosos no país germânico desde a Idade Média. Eram provenientes duma população de dogues existente na Alemanha, Bélgica, Países Baixos e no leste de França, descendentes dos chamados Cannis ursiturus, (cães de urso) e Cannis porcatoris (cães dejavali), e utilizados nessa época como cães de agarre. Foi seleccionado mais pela sua funcionalidade que pela sua beleza, uma vez que tanto era utilizado para a caça de grandes presas, como na guarda do gado bravo, assim como “espectáculos” de lutas contra os touros. Crê-se que a as suas origens poderiam estar nos mastins alemães importados da Inglaterra.

O brabante da Bélgica, tal como o dantziger, era um cão menor, ágil e rápido. De cor dourada, era utilizado como condutor nas manadas e em alguns lances de caça maior. Cortava-se-Ihes o rabo e as orelhas quando eram jovens.

E, por último, o bulldog inglês (do tipo antigo), um pouco maior e mais pesado que o Bulldog moderno, que chegou à Alemanha a partir de 1820.

Alguns historiadores e cinófilos sustentam a teoria de que presas e alãos espanhóis, tal como o dogue de Bordéus, também deram sangue para o projecto racial do boxer.

Padrão oficial

O boxer é um cão de porte médio para grande, compacto, de figura quadrada, com ossatura robusta e de pelagem curta. A musculatura é seca, poderosamente desenvolvida, modelagem nitidamente definida. Sua movimentação é enérgica, poderosa e nobre. O boxer não é rústico, pesado, muito leve, nem lhe falta substância. Seu verdadeiro nome é boxer bullenbeisser alemão.

Proporções importantes: a) Comprimento do tronco: a construção é de figura quadrada, isto é, a horizontal da cernelha e as duas verticais, uma tangenciando a ponta do ombro e a outra a ponta do ísquio, formam um quadrado. b) Profundidade de peito: o peito alcança abaixo dos cotovelos, sendo a metade de altura da cernelha. c) Comprimento da cana nasal: a proporção crânio-focinho é de 2:1; medidos o crânio do stop, canto medial do olho até o occipital e da ponta da trufa ao stop.

Cabeça e crânio: é a parte do Boxer que lhe confere o aspecto característico: bem proporcionada ao tronca sem parecer leve nem muito pesada. O focinho, o mais largo e poderoso possível. A estrutura da cabeça obedece a relação proporcional entre as medidas do focinho e as do crânio. Visto de qualquer ângulo, o focinho guarda uma proporção correta com o crânio, isto é, não pode parecer muito pequeno. A pele, normalmente, não apresenta rugas. Entretanto, com o movimento natural das orelhas, conforme cada posição, pode haver formação de rugas. Com origem na face dorsal da raiz do focinho, rugas naturais, levemente marcadas, descem simetricamente pelas faces laterais. O crânio bem modelado, isométrico, com as faces planas, sem relevo, levemente arqueado, sem ser curto, abobadado, ou plano; moderadamente largo e o occipital moderadamente pronunciado. Stop: nitidamente marcado, formado pelo frontal e a cana nasal. A cana nasal não deve ser encurtada, como no Buldogue, nem caída para a frente. O comprimento da cana nasal é igual a metade do comprimento do crânio (relação C/F=2:1). O frontal apresenta um sulco mediano, sutilmente, profundo especialmente entre os olhos. Trufa: fica um pouco mais alta, em relação à raiz, larga, preta, levemente arrebitada, com narinas largas, separadas pelo fino sulca mediano da trufa.

Focinho: bem desenvolvido nas três dimensões de maneira equilibrada. Sua forma é determinada pela: a) forma e articulação dos maxilares; b) disposição dos caninos inferiores e alinhamento das arcadas dentárias; c) maneira com que os lábios se amoldam a essa estrutura. Os caninos, de bom tamanho, são o mais afastado possível. O plano anterior do focinho é, portanto, largo, quase quadrado, formando um ângulo obtuso com a linha superior do focinho. O contorno do lábio superior pousa no contorno do inferior. O lábio inferior, no terço anterior da mandíbula, curvada para cima, não pode ultrapassar muito à frente nem, tão pouco, ocultar-se sob o lábio superior. O queixo projeta-se à frente do lábio superior, de maneira bem nítida, tanto de frente, quanto de perfil, sem por isso assemelhar-se ao do Buldogue. Tanto os incisivos inferiores, quanto a língua devem ficar ocultos, enquanto a boca estiver fechada. Os seis incisivos são bem alinhados, inclusive os incisivos pinça, entretanto, os superiores formam um leve arco, enquanto, os inferiores alinham-se em reta. Os dentes são fortes, sadios e normalmente inseridos.

A mandíbula avança em relação à maxila e assume um forma levemente encurvada para cima.

Lábios: os lábios arrematam a forma do focinho. O superior é espesso, formando um acolchoado, que preenche o espaço do prognatismo entre a arcada superior e inferior e fica apoiado nos caninos inferiores. Dentes: o Boxer é naturalmente prognata. A maxila é larga desde a raiz, mantendo, essa largura, em toda sua extensão, diminuindo muito pouco, na direção da ponta do queixo. Tanto a maxila quanto a mandíbula são muito largas na ponta do focinho. Faces: fortemente desenvolvidas, em virtude da robustez dos maxilares, sem que com isto, sejam fortemente pronunciadas em relevo saliente: apenas fundem-se ao focinho em leve curva. Olhos: marrom escuro, com a orla das pálpebras escura, de tamanho médio e inserção faceando com a superfície da pele. De expressão enérgica e inteligente, sem ficar com a expressão carrancuda, ameaçadora, penetrante. Orelhas: inserção alta, preferencialmente pequenas e espessura delgada. Em repouso, são portadas pendentes bem rentes às faces. Em atenção, voltam-se para a frente, caindo e fazendo uma dobra bem marcada. Quando operadas, são cortadas em ponta, de comprimento moderado, com o pavilhão auditivo de largura moderada e são portadas eretas.

Pescoço: com a nuca bem evidenciada, por uma curva elegante, na linha superior; de seção redonda, comprimento e largura médios; forte e musculado, pele ajustada em toda a extensão, sem ser exageradamente lassa, e sem barbela.

Tronco: de construção quadrada, compacto e membros retos. Cernelha: bem marcada. Linha superior: reta, dorso e lombo curtos, largos e bem musculosos. Garupa: levemente inclinada, larga, com tênue, quase reto, arqueamento. O osso pélvico é longo, largo, sendo mais largo nas fêmeas. Peito e antepeito: profundo, descendo ao nível dos cotovelos; e igual à metade da altura da cernelha. Antepeito bem desenvolvido. Costelas: bem arqueadas, sem ser em barril, com as articulações bem anguladas para trás. Linha inferior: descreve uma curva elegante, ligeiramente esgalgada. Lombo: curto, compacto e rígido. Cauda: de inserção mais para alta que baixa, amputada, portada acima da horizontal.

Membros anteriores: visto de frente, os membros anteriores devem ser retos e paralelos, com uma forte ossatura. Ombros: com escápula longa e inclinada, bem amoldada ao tórax, sem ser muscularmente carregado. Braços: longos, com uma forte ossatura, articulações firmes e o úmero fazendo um ângulo reto (90°) com a escápula. Cotovelos: bem ajustados, trabalhando paralelos, rente ao tórax. Antebraços: verticais, longos e fortemente musculados por musculatura seca. Carpos: fortes, bem marcados, embora sem volume. Metacarpos: curtos, quase verticais. Patas: pequenas, redondas, compactas, e almofadas plantares com a sola bem resistente.

Membros posteriores: musculatura muito forte, músculos rígidos, com relevo bem modelado. Coxas: longas e largas. Articulações coxofemorais e dos joelhos o mais fechada possível. Joelhos: com o exemplar em stay, deve tangenciar a vertical da ponta do ílio. Pernas: muito musculosas. Jarrete: forte, bem definido, com a ponta não voltada para cima e o ângulo próximo aos 140°. Metatarso: curto, pouco inclinado fazendo um ângulo com o solo de 95° – 100°. Patas: levemente mais longa que as dos anteriores, com almofadas robustas.

Movimentação: vigorosa, com muita propulsão e nobreza.

Pele: ajustada, elástica e sem rugas.

Pelagem: Pêlo: curto, duro, brilhante e bem assentado.

Cor: fulvo (dourado) ou tigrado. Dourado se apresenta em diversas tonalidades, indo do vermelho escuro ao amarelo claro; as tonalidades médias, o vermelho amarelado, são as mais características. A máscara preta. Tigrado se desenha em listas transversais, de cor escura ou preta, sobre as diversas tonalidades já descritas. O contraste entre a cor das listas e a cor base deve ser nítido. As marcas brancas não devem ser proscritas; elas podem, até mesmo, ser muito agradáveis.

Talhe: altura medida na cernelha, na vertical que passa pelo cotovelo; Machos: 57a 63 cm; Fêmeas: 53 a 59 cm.

Peso: os machos com altura em torno de 60 cm devem pesar acima de 30 quilos; as fêmeas de cerca de 56 cm, aproximadamente 25 quilos.

Faltas: qualquer desvio dos termos deste padrão deve ser considerado como falta, e penalizada na exata proporção de sua gravidade.

Classificação FCI:

Grupo 2 : Pinscher, Schnauzer, Molossos e Boiadeiros Suíços. Seção 2.1 : Molossos

País de origem: Alemanha Nome no país de origem: Deutcher Boxer Utilização: Guarda e companhia

Exigida prova de trabalho para o Campeonato.
Padrão Oficial da Raça Confederação Brasileira de Cinofilia – Filiada à Fédération Cynologique Internationale

Cirurgias estéticas

O corte estético das orelhas continua popular, principalmente em países como os Estados Unidos da América. O corte da cauda é feito nos primeiros dias de vida do filhote e é simples, devendo ocorrer na terceira ou quarta vértebra caudal. Em seu país de origem, ambas as amputações foram proibidas e no Brasil, em 2008, o corte de orelhas foi proibido e o de cauda considerado procedimento cirúrgico não recomendável pela Resolução 887 do Conselho Federal de Medicina Veterinária. A tendência é, com a alteração do padrão oficial da raça, que as amputações, não só em Boxers, como em outras raças, sejam uma prática aos poucos abandonada.

Potenciais problemas de saúde

Boxers são suscetíveis a tumores. Entre seus possíveis problemas de saúde também estão a displasia coxo-femural e a cardiomiopatia.

Potenciais donos de boxer podem se sentir tentados a escolher outra raça de cachorros por causa de potenciais problemas de saúde, mas devem pensar novamente e reconsiderar sua decisão.

A incidência dessas doenças é baixa, e ao se adquirir um cão de criadores idôneos, que forneçam certificados de saúde para seus exemplares, aumenta-se muito as chances de ter um animal saudável e longevo.

Pastor Alemão -Adestra Campinas

O Pastor Alemão, ou Lobo-da-Alsácia, como é chamado em Portugal, é uma das raças de cães mais difundidas e estudadas ao redor do mundo, apesar de não ser considerada uma raça antiga. 

Origens

Suas origens remotam ao Paleolítico, época em que os homens, durante as caçadas, eram acompanhados por matilhas selvagens que se alimentavam dos restos de alimentos na região da Turígia. Depois, no neolítico, com a criação de ovelhas, os alemães necessitavam de um cão forte e de movimentação rápida acompanhada de um mínimo gasto de energia, além de uma inteligência excepcional, para proteger o rebanho de animais selvagens ou invasores, e impedir que o próprio rebanho destruísse as plantações. Para essa função foi criada toda a família de cães pastores. Durante 3 mil anos, os alemães foram aprimorando seus cães de pastoreio ninhada por ninhada, até a seleção definitiva, em 1882, por Max von Stephanitz. O Pastor alemao é uma raça de cães de guarda. É muito rápido, agil, forte e preparado, sendo considerado um dos cães mais inteligentes. Foi considerado 3 vezes o melhor cão para se adestrar. Um dos maiores cães de guardas na segunda guerra mundial recebeu a alcunha de ‘el diablo’ (o diabo, em português). 

A Criação

O criador da raça que conhecemos hoje como Pastor Alemão foi o Capitão da Cavalaria Alemã Max von Stephanitz, que seleciou os melhores cães pastores da Alemanha, tendo cruzamentos até com lobos para aumentar seu tamanho e agilidade; chegando no cão perfeito, o primeiro pastor Capa Preta: Horand von Grafath, conhecido também como Hektor von Nürburgring, que foi apresentado pela primeira vez ao público numa feira de novidades 1882, em Hanover, Alemanha. Os descendentes de Horand mostraram todas as qualidades desejáveis num cão, e com isso, a raça ganhou um grande número de cães em pouco tempo. Em 1899 Max fundou a Verein für Deustcher Schaferhund, a sociedade que hoje é a maior do mundo em cães de uma só raça.

Usado pelos alemães nas duas guerras mundiais, como mensageiro e cão de alarme, foi odiado pelos ingleses e franceses, foi proibido de entrar em alguns países por um tempo e teve seu nome trocado para Pastor Alsaciano, uma vez que era considerado inadequado um nome que evocasse lembranças ruins da guerra contra os alemães. Somente em 1930 o kennel club autorizou novamente o nome Pastor Alemão. Hoje está entre os três cães com maior número de registros de Pedigree em quase todos os países de cinofilia adiantada. É a raça mais conhecida e difundida no mundo todo. De acordo com o livro A Inteligência dos Cães, de Stanley Coren, o Pastor Alemão encontra-se na 3ª posição entre as 79 pesquisadas. 

As Qualidades

Max von Stephanitz jamais selecionou cães apenas por estética ou aparência e porte físico, a não ser que as belezas externas refletissem as belezas internas. Em razão disso, o Pastor Alemão é a única raça que consegue reunir tantas aptidões, como cão pastor, cão de busca e salvamento e também farejador, graças ao seu olfato extremamente desenvolvido, guia de cegos, por sua inteligência e docilidade, cão de companhia por sempre estar querendo agradar o dono, cão de polícia, cão de guerra, e finalmente para guarda por sua agilidade no ataque e latido prolongado. 

Filhotes

Nascem quase todos com a cor preta dominante, peludos e com orelhas para baixo, que devem estar naturalmente eretas até os 3 meses de idade. Caso elas não subam, pode significar deficiência nutricional (geralmente vitaminas). É recomendado levar ao veterinário.
 
Pastor Alemão - Organização Brasileira de Cinofilia

Terra Nova – Adestra Campinas

O terra-nova é uma raça de cães natural do Canadá. Com pelagem longa e de cores variadas (preto, bronze e landseer), têm como característica a pelagem impermeável, devido ao gosto por água. Acredita-se que é uma das origens do labrador.

É proveniente da província de Terra Nova, Canadá. Nos países de língua inglesa, são conhecidos como Newfoundlands, e apelidados de Newfies.
Os terras-novas têm patas com membranas natatórias e possuem um pêlo resistente a água. Os machos pesam entre 60–70 kg (130–150 lbs), e as fêmeas entre 45–55 kg (100–120 lbs), o que os coloca na classe de peso “gigante”.

A maioria dos terras-novas são pretos, mas existem variedades marrons, cinzas, com manchas brancas e pretas, e Landseer (cabeça preta, corpo branco com manchas pretas). O nome Landseer foi dado depois que o artista sir Edwin Landseer os exibiu em muitas das suas pinturas. Alguns clubes de cães consideram o Landseer como uma raça separada; outros os consideram como uma variação de cor dos terras-novas. Alguns outros clubes ainda consideram os com manchas brancas e pretas serem fora do padrão da raça, não permitindo estes serem exibidos.

O terra-nova é similar em tamanho, forma, e tipo do pêlo com o cão de montanha dos Pirinéus, exceto que estes são usualmente brancos e os terras-novas são usualmente pretos. O terra-nova Landseer e o cão da montanha Pirineu com malhas negras no seu pêlo são difíceis para um leigo diferenciar.

Temperamento

Terras-novas tem uma tendência dócil e calma. De fato, a descrição do AKC (clube de cães americano) diz “Doçura no temperamento é a marca do terra-nova; essa é a característica mais importante da raça.” Eles são protetores das crianças.

História

A origem da raça é incerta, mas ela era usada como cães de trabalho na ilha de Terra Nova no começo do ano 1000 d.C. Terras-novas eram usados para resgates na água e para trabalhos de puxar. A raça quase se tornou extinta; a maioria dos terras-novas dos dias de hoje traçam sua linhagem à apenas um cão com nome de Siki que viveu na década de 1920.

Curiosidades

A cadela Nana no Peter Pan de James Matthew Barrie era originalmente uma terra-nova. (Donos de Terras Novas recentem a representação dela como uma são-bernardo no desenho da Disney; o filme Em Busca da Terra do Nunca de 2004 usou um cão de montanha dos Pirinéus).

Não oficialmente, a segunda mais importante característica da raça é a tendência à babar.

Gander, um terra-nova servindo com a infantaria canadense em Hong Kong em 1941 foi postumamente condecorado com a Medalha Dickin em 2000. Esta medalha foi instituída em 1943 por Maria Dickin em honra ao trabalho de animais em guerras e ficou reconhecida como a “Victoria Cross dos animais”.

Seaman, o cachorro de Meriwether Lewis que o acompanhou na famosa expedição exploratória dos rios Missouri e Columbia (Estados Unidos) era um Terra Nova.

Teckel (Dachshund) – Adestra Campinas

O Dachshund ou Teckel é uma raça de cães comprida e de pernas curtas. O nome da raça vem do alemão e significa literalmente “cão texugo” (der Dachs – texugo; der Hund – cão). A raça foi criada para farejar, perseguir, caçar e matar texugos, marmotas e outros animais que habitam buracos.

A raça também é chamada popularmente de “lingüicinha” ou “salsicha” no Brasil, por causa do seu corpo longo. Alguns também chamam a raça de “Cofap”, graças a uma série de propagandas de amortecedores da empresa Cofap exibidas em 1989. Também é chamado de “basset”, pois é confundido por leigos com o Basset Hound.

Aparência

Um Dachshund normal tem em média de 5 a 10 kg, enquanto um miniatura varia e tipicamente pesa menos que 5 kg. Dachshunds modernos são caracterizados pelas suas pernas curtas, pele solta e peito tipo barril, atributos que foram deliberadamente adicionados à raça para aumentar a sua habilidade de entocar-se em espaços apertados. Eles têm três variadades de pêlo: liso, pêlo longo e pêlo duro; o Dachshund de pêlo duro é geralmente menor no comprimento do que os outros dois. Possui olhos de tamanho médio, ovais, inserção oblíqua, olhar esperto, expressão amistosa, jamais desafiadora. Cor castanho-escuro brilhante, puro ou avermelhado, válida para todas as cores da pelagem. H. L. Mencken disse “Um dachshund é meio-cão em altura, e um cão-e-meio em comprimento”, sendo esta a sua maior fama.

As cores e modelos dominantes incluem o vermelho e o preto & bronze. Modelos antigos tradicionais como o malhado e o de cor negra estão recentemente ganhando popularidade. Recentemente, outras combinações de modelos e cores estão sendo desenvolvidas; não é incomum ver Dachshunds com pêlos marrom & bronze, chocolate & bronze, pintados, pintas duplas, e até brancos. Infelizmente, algumas dessas cores precisam de uma extensiva procriação consangüínea para serem obtidas; os de pintas duplas muitas vezes nascem sem olhos ou com olhos severamente mal desenvolvidos. Por essa razão, os criadores e donos da raça responsáveis não preferem criar ou dar continuidade a este tipo.

Algumas pessoas confundem erroneamente os Dachshunds com os Basset Hounds, pela semelhança anatômica das raças. Criadores da raça costumam afirmar que “Dachshunds são grandes cães em embalagens pequenas”.

Temperamento

Dachshunds são cães leais, protetores, ciumentos, valentes, brincalhões, conhecidos pela sua propensidade em caçar pequenos animais e pássaros. De acordo com a CBKC, o Dachshund é “amigável por natureza, nem nervoso, nem agressivo, de temperamento equilibrado. Ele é um cão de caça apaixonado, perseverante, rápido na caça e de excelente faro”. O tipo de pêlo é muitas vezes considerado associado com as características no temperamento; a variedade de pêlo longo, por exemplo, é considerada ser menos agitada que os outros provavelmente pelo fato de sua ancestralidade com o Cocker para obter a sua característica cabeluda. Porém, alguns criadores de Dachshund de pêlo longo discordem desta afirmação. Por causa da característica de peito tipo barril, o latido do dachshund é normalmente alto. Costumam ser ciumentos com relação a seus adultos favoritos.

Saúde

A raça é conhecida pelos comuns problemas na coluna vertebral, especialmente dos discos intervertebrais, devido à sua coluna ser extremamente longa e sua caixa torácica relativamente curta. O risco de lesões pode ser piorado pela obesidade, que traz sobrecarga de peso para a coluna. Para prevenir danos, é recomendável que os Dachshunds sejam desencorajados a pular e a subir e descer escadas. Está se tornando cada vez mais evidente que a ocorrência e severidade desses problemas são grandemente hereditários, e criadores responsáveis estão trabalhando para eliminar esta característica da raça. As caminhadas diárias e a manutenção do peso correto ajudam a prevenir estes problemas.

História

Alguns haviam teorizado que as raízes do Dachshund provém do Egito Antigo, onde gravuras foram feitas com cães de caça de pernas curtas. Mas na encarnação moderna, o Dachshund surgiu de cruzamentos de raças européias, e inclui elementos de hounds e terriers da Alemanha, França e Inglaterra. Dachshunds foram mantidos nas cortes reais em toda Europa, incluindo a da Rainha Vitória, que era particularmente apaixonada pela raça.

As primeiras referências verificáveis ao Dachshund vem de livros escritos no começos do século XVIII. Antes disso, existem referências à “cães-texugo” e “cães de buraco”, mas elas provavelmente se referiam mais aos própositos do que à raça em específico. Os Dachshunds Alemães originais eram maiores que a variedades de hoje em dia, pesando entre 14 e 18 kg, e originalmente tinham as pernas mais compridas ao invés de pernas curtas (o Dachshund moderno descende de variantes mais recentes). Ainda que a raça era mais famosa para o seu uso em exterminar texugos, Dachshunds também foram geralmente usados para a caça de coelhos e raposas, para localizar cervos, e em grupos eram conhecidos por caçar animais grandes como javalis.

Curiosidades

Símbolo da Alemanha

Dachshunds são tradicionalmente vistos como um símbolo da Alemanha. Durante a Primeira Guerra Mundial a popularidade da raça diminuiu bastante nos Estados Unidos (havendo inclusive relatos de Dachshunds sendo mortos em alguns pontos do país por essa associação com a Alemanha), e cartunistas políticos comumente usaram a imagem do Dachshund para ridicularizar a Alemanha. A cicatriz dessa associação foi revivida em menor extensão durante a Segunda Guerra Mundial, e rapidamente desapareceu junto com o fim da guerra. O marechal alemão Erwin Rommel era conhecido por ter Dachshunds.

O Dachshund, por sua associação com a Alemanha, foi escolhido para ser o mascote oficial dos Jogos Olímpicos de 1972, em Munique com o nome de Waldi. Foi o primeiro mascote olímpico oficial. A raça foi escolhida por representar os atributos requeridos para os atletas – resistência, tenacidade e agilidade. Waldi foi criado por Otl Aicher e modelado a partir de um cão real, um Dachshund de pelo longo nomeado Cherie von Birkenhof. A cabeça e cauda eram azuis e o corpo apresentava faixas com as outras cores olímpicas.

Corrida de Dachshund

Uma das curiosidades mais controversas que se criou recentemente é a presença dos eventos de corrida de Dachshund nos Estados Unidos da América. Alguns vêem a possibilidade de machucar a raça com o peso colocado na coluna espinhal dos cães.

Cofap

O Dachshund ficou mais conhecido do público brasileiro graças à uma série de propagandas feitas pela agência W/Brasil para a empresa Cofap, que vendia suspensões para automóveis. As propagandas foram exibidas de 1989 a 1993, usavam um grande apelo emocional, mostrando o cãozinho em diversas situações (geralmente ajudando a família).

A primeira propaganda mostrava o cão e o produto comercializado (suspensão automotiva), devido às suas semelhanças. Depois disso, a agência investiu mais no conceito da propaganda. Uma mostrava-o tentando impedir que a família viajasse por causa dos amortecedores vencidos, se deitando na frente do carro. Também havia outra propaganda com o Dachshund descendo uma rua em um carrinho de rolimã. O slogan publicitário era: “o melhor amigo do carro e do dono do carro”. A propaganda ganhou vários prêmios como no festival de Cannes.

Com isso o Dachshund caiu na cultura popular, passando a ser também conhecido também como “cofap” (talvez também por causa da dificuldade de se pronunciar Dachshund em português), e até hoje as pessoas se referem à raça por este nome.

Cane Corso – Adestra Campinas

O Cane Corso é um molosso de origem italiana muito utilizado como cão de guarda.

O histórico da raça no Brasil

Foi introduzida por Fausto Silva (Faustão), em meados de 1997, quando importou alguns exemplares diretamente da Itália. Desde então, a raça só tem aumentado a sua popularidade no Brasil, pois é o perfil de cão adequado para quem precisa de um cão de guarda mas que possa conviver sem maiores problemas com os membros da casa e também com as crianças.

Ter um Cane Corso é ter a certeza de ter mais um membro em sua família.

A qualidade dos cães brasileiros também está em alta. Atualmente existem vários cães importados da Itália que contribuem e muito para o aperfeiçoamento da raça em nosso país.

Temperamento

O Cane Corso deve ser um cão seguro de si, muito devotado a família e não ameaça os estranhos que forem convidados a entrar por seus familiares humanos. Seu treinamento é facil e geralmente é naturalmente um protetor de crianças. Sendo esta uma raça bem inteligente e activa, é recomendavel que os donos encontrem actividades para eles. Também tendem a sofrer de ansiedade de separação. São gentis e afetuosos como cães de colo e muito carinhosos para com os donos. Um Cane Corso bem treinado e socializado não é so um bom embaixador para a raça, mas para todos os cães de forma geral.

Saúde

Se trata de uma raça muito rústica, que suporta muito bem o frio como calor. Uma das doenças mais comuns entre os cães de grande porte é a displasia coxofemural e com o Cane Corso não é diferente. É por isso que antes das pessoas adquirirem um exemplar, é primordial exigir o exame de displasia dos pais ao criador, só assim estaremos lutando contra essa doença tão cruel.

Características

Porte: Médio/Grande
Temperamento: Tranquilo
Treinabilidade: Fácil
Grau de Proteção: Alto
Espaço Necessário: Médio/Grande
Altura Mínima Macho: 64 cm
Altura Máxima Macho: 68 cm
Altura Mínima Fêmea: 60 cm
Altura Máxima Fêmea: 64 cm
Peso Machos: 45 a 50 Kg
Peso Fêmeas: 40 a 45 Kg
Nível de Energia: Médio/Alto
Duração Exercícios Diários: 45 min.
Cor: Preto, cinza chumbo, ardósia, cinza claro, fulvo claro, fulvo cervo, fulvo escuro e tigrado (listras sobre fundo fulvo ou cinza de várias graduações). Nos exemplares fulvos e tigrados está presente uma máscara preta ou cinza, cuja extensão fica limitada ao focinho e não deve ultrapassar a linha dos olhos. Admitida uma pequena mancha branca no peito, na ponta das patas e na cana nasal.
Tipo de Pêlo: Curto
Troca de Pêlo: Mínima
Necessidade de Tosa: Não

Spitz Alemão ou Lulu da Pomerânia – Adestra Campinas

O Spitz Alemão Anão ou Pequeno, conhecido popularmente como Lulu da Pomerânia ou simplesmente Pomerânia, é uma raça de cães muito antiga. Porém seu reconhecimento oficial é relativamente recente, remontando ao século XIX.

O que mais chama atenção na raça é certamente sua exuberante pelagem, que atinge todo o seu esplendor por volta dos 2 anos de idade, extremamente abundante e armada. A raça possui ainda olhos amendoados e orelhas pequenas e pontiagudas, lembrando a aparência de uma raposa.

História

Descendentes dos cães de puxar trenó originários da Islândia e da Lapônia, seus ancestrais foram introduzidos na Inglaterra pela Rainha Vitória, no começo do século XIX, trazidos da região da Pomerânia na Alemanha – daí o nome popular da raça. Muito difundido na Europa e nos Estados Unidos da América, este cão foi o companheiro de Mozart, em Viena, enquanto compunha. Os exemplares primitivos possuíam ossatura mais pesada, orelhas maiores e não possuíam profusão de pelos, que caracteriza a raça hoje em dia.

Pedigree de um Spitz e os ascendentes

Os primeiros spitz eram empregados como hábeis condutores de gado por seu porte grande e pesado, porém, na Inglaterra, foram criados menores e mais leves, com pelagem copiosa. Atualmente os Lulus da Pomerânia ou Pomeranian nos EUA (AKC) são chamados oficialmente pelo sistema FCI (da qual o Brasil faz parte) de Spitz Alemão Anão. Em 1995 e 1996 a CBKC não registrou nenhum exemplar da raça. A raça foi re-introduzida no Brasil no final dos anos 90 principalmente pelo canil Love Blue[1], que importou diversas matrizes dos EUA, principalmente o macho “Starfire’s Thunder Wind” (veja ascendência na imagem do pedigree ao lado). Desde 2005 a popularidade da raça vem crescendo, registrando-se cada vez mais exemplares ao ano pela CBKC (Confederação Brasileira de Cinofilia).

Outras informações

O Spitz Alemão Anão/Pequeno precisa de cuidados para que a pelagem seja mantida em boas condições, mas nada que simples escovadelas 2x na semana não resolvam. O único cuidado é que a escova deve ser de aço, com cerdas retas e sem pinos nas pontas. As de cerdas retorcidas de Poodle não são indicadas, pois retiram muito sub-pelo impedindo a pelagem de armar.

Mesmo os banhos não precisam ser frequentes, bastando um a cada 40 dias para mante-los limpos e bonitos.

São extremamente dóceis por isso mesmo são considerados cães de companhia (Grupo 5 da FCI). Quanto ao temperamento, é um cão muito dócil, fácil de ser treinado, extremamente dedicado ao dono e capaz de ficar sozinho por horas.

Os filhotes passam por uma dramática troca de pelos ao redor dos 4 meses, a qual só termina por volta de 1 ano de idade, quando adquirem a esplendorosa pelagem de adulto (chegando ao ápice em torno dos 2 anos de idade).

Tamanhos

•Spitz lobo: 50 cm, pode ter uma variação para mais ou para menos de 5 cm, admite-se até 60 cm

•Spitz grande: 42 a 50 cm

•Spitz médio: 30 a 38 cm

•Spitz pequeno: até 29 cm

•Spitz anão: até 22 cm

Tamanho e peso segundo o padrão oficial

O Anão até 22 centímetros de altura na cernelha, acima disso é considerado Spitz Alemão Pequeno.
O peso varia de 1,5 kg a 5 kg, dependendo da varidade e sexo.

Golden Retriever – Adestra Campinas

Golden Retriever é uma raça de cães de origem britânica. Em inglês seu nome significa: Golden – dourado – Retriever – o que recupera.

Aparência

A pelagem é de tamanho médio, vai do dourado até o creme. Possui um porte atlético, constituição simétrica e harmoniosa, dorso curto com um tórax poderoso, costelas longas e bem arqueadas e linha superior do dorso direita. Cabeça e crânio equilibrados, com um stop pronunciado (chanfradura nasal, isto é, o desnível entre a testa e a base do nariz).

Parte superior da cabeça larga. Focinho forte, largo e comprido, com um comprimento semelhante ao do crânio. Nariz preto. Olhos castanho-escuro, bastante afastados, com bordos escuros. Orelhas de tamanho médio, implantadas mais ou menos ao nível dos olhos. Maxilar forte com perfeita oposição das duas maxilas. Membros anteriores direitos, membros posteriores fortes e musculados, sendo longa a parte inferior da coxa e o ângulo do corvilhão bem marcado. Os jarretes devem ser amplos e rectos, sem desvios.

O golden tem pés de gato, arredondados. A cauda está implantada á altura da linha dorsal e normalmente mantém-se nesta posição. Deve chegar até aos jarretes e não é curva na ponta. Os movimentos de cão são fortes, com boa cadência!

Temperamento

Seu temperamento é calmo. É excelente para atividades físicas como o agility, que é uma das formas que os proprietários tiveram para uma maior integração com seus cães, que estão sempre prontos a agradar e obedecer sem a necessidade do adestramento para os comandos básicos. Por ter um excelente olfato é muito usado para farejar drogas e como guia de deficientes visuais. Por ser um cão de temperamento equilibrado, pode com certeza ser criado em apartamentos apesar de ter porte grande. Para tanto sempre é necessario adquirir um Golden de um criador serio que tenha feito controle de temperamento. Além disso uma certa dose de exercício diário é importante para a raça.

Também poderá ser criado para a terapia. É atencioso, companheiro, carinhoso, inteligente e fiel

Bem-Estar

O golden retriever adapta-se bem a qualquer espaço inclusive apartamentos. É muito popular por ser dócil, amistoso com crianças, obediente e muito inteligente. É muito dócil com as crianças e com os seus donos. Bastante mimado não suporta a solidão durante muito tempo, se não habituado desde pequeno.Por vezes é preciso proteger o cão da criança de tão dócil que ele é. Adora comer, por isso convém ter cuidado para o cão não ficar obeso.É preciso se exercitar. Não apresenta quaisquer sinais de agressividade e tolera muito bem outros animais. Bastante inteligente, aprende facilmente qualquer ordem. Precisa ser ensinado desde pequeno para que não existam falhas em adulto.

História

A sua origem remonta aos tempos dos garimpeiros americanos, na altura da busca do ouro, pois estes cães denotavam uma excelente capacidade para detectar este metal. O seu nome vem exatamente da conjugação de ouro (gold) e busca (retrieve).

Golden Retrievers “foram desenvolvidos” na Grâ Bretanha em meados do século XIX, através de cruzamentos seletivos e bem elaborados pelo “pai da raça”, Sr. Lord Tweedmouth.

Ele usou para a formação da raça, Tweed – Water Spaniel (hoje extinta), Terra Nova, Setter Irlandês e segundo alguns (não comprovado) Bloodhound. Até 1952 a história “mais glamorosa” do inicio dos Goldens, que se contava era que em 1858, o Escocês Sir Dudley Majoribanks, mais tarde conhecido como Lord Tweedmouth, estava em visita à cidade inglesa de Brighton. Quando viu em um circo uma troupe de cães pastores Russos executar truques e performance que encantou o Britânico, ao qual de imediato tentou comprar um casal. O instrutor dos cães não venderia um par, reivindicando que este quebraria a troupe. Assim sendo Majoribanks comprou o lote, todo, oito cães, levando-os a sua propriedade, “Guisachan,” na Escócia, dando assim o inicio da raça.

O público amou a história mas em 1952, seus descendentes apresentaram registros produzidos de 1835 a 1890, não tendo nenhuma menção dos cães Russos. O senhor Tweedmouth iniciou o desenvolvimento do Golden em sua propriedade, perto de Inverness, na Escócia, bem perto do famoso Lago Ness; ele desejou desenvolver um cão que fosse leal e amável, contudo espirituoso e esperto, silencioso para não espantar a caça, que gostasse da água e com grande habilidade de recuperar sem dilacerar a presa.

Lorde tweedmouth foi em seu tempo um grande entusiasta da caça em seu pais, ao qual, encontrou no Golden a união de várias qualidades de outras raças de cachorros, que através de cruzamentos sistematizados alcançou esta bela raça.

Ao longo dos anos outras linhagens foram desenvolvidas até que chegou-se ao Golden conhecido hoje.

O primeiro Golden chegado ao Brasil foi Patrick, que tinha o nome de registro: Eldorado of Gold Leaf, sua proprietária Sra. Yvette Tobião o comprou de um canil na Califórnia. A partir daí a raça começou a se introduzir no País por mais dois canis no Rio de Janeiro e, hoje, por todo o país. A raça foi reconhecida em 1911.

Tido hoje como ótimo cão de companhia para quem gosta de cães de porte grande, o Golden é assim, um companheiro fascinante.

O Golden Retriever é uma graça, muito doceis, eles tem um ótimo comportamento e são muito agradáveis, além de serem muito manhosos são também muito confiaveis, seu melhor amigo.

Saúde

Como todo cão de caça o Golden é um cão resistente e como todo cão suscetível à alguns problemas como:

  • Displasia coxo-femural – detectada entre o 5º e 8º mês de idade, sempre antes dos 18 meses, cães com este problema não devem ser reproduzidos, evitando assim transtornos no futuro, e não colocando em risco a reputação do criador. A displasia pode ser agravada, caso o cão seja criado em um ambiente com piso escorregadio, onde suas patas traseiras fiquem abrindo lateralmente.
  • Atrofia progressiva da retina – detectada entre o 4º e o 8º ano de vida, pode levar a cegueira total ou parcial do animal, podem ser feitos exames oftálmicos depois dos 24 meses para prevenção.
  • Catarata e o Entrópio de pálpebras – pode aparecer à partir do 3º mês de idade.
  • Piodermite – pode ser por inúmeros fatores; distúrbios metabólicos, deficiências imunológicas, descontrole endócrino ou por processos alérgicos.

A maioria dos problemas pode ser evitado com o uso permanente de uma ração superpremium, desde os primeiros meses de vida.

Cuidados

A escovação semanal é necessária, sempre com a escova de pinus ou rasqueadeira, os ouvidos, por terem orelhas caídas devem receber atenção especial, limpe-os com uma solução específica, semanalmente

Nos banhos, dados com shampoo ou sabão próprios, deve ser bem enxaguado para que não fiquem resíduos e, com isso, não prejudique a pele do seu Golden. O uso de um bom condicionador para cães é indicado para amaciar o pelo.

Os Golden Retriver são os cachorros mais dóceis de todos, são muito espertos e adoram brincar. Nas competições são ágeis e obedientes, com as crianças são muito comportados e brincalhões. Seu peso vai de 30 kg até 40 kg, tendo sido porem registrado machos com grande porte de até 47 kg, o que não se considera desvio de padrão da raça, desde que as proporções fisicas estejam em harmonia. É extremamente recomendado que sua alimentação seja controlada, pois o sobrepeso agrava os malefícios da displasia.

Os Machos chegam a ter 56 a 61 cm As Femeas chegam a ter 51 a 56 cm.

Por que ter Golden Retriever

  • Por ser companheiro e amoroso.
  • Por ser extremamente obediente e inteligente.
  • Por ser alegre e resistente.
  • Pelo manejo simples.
  • Pelo temperamento fácil de conduzir.
  • Por acasalar e procriar com facilidade.
  • Por ser sujeito a poucos males graves.
  • Por ser longevo e chegar à velhice em bom estado.
  • Porque é um excelente cão de família.
  • Porque é afetuoso e sociável.
  • Porque é predisposto à obediência.

Quem não deve ter Golden Retriever?

  • Quem não tem tempo para o cão.
  • Quem se incomoda com pelo espalhado e queda de pelos, deve utilizar rações de boa qualidade.
  • Quem quer um cão que sirva para guarda.
  • Quem não pode dar atenção para o cão.
  • Quem não quer correr o risco de ter um cão displásico deve procurar cães com boa procedência.
  • Quem não puder proporcionar exercício e manejo correto.
  • Quem não tem tempo para interagir com o cão.
  • Quem não tem dinheiro para arcar com eventuais despesas médicas.

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