Perigo: Plantas Tóxicas
Por serem carnívoros, os cães dificilmente têm o costume de comer vegetais, o que torna raras as ocorrências de intoxicações por plantas. Porém, sob algumas circunstâncias, esses animais poderão ingerí-las. Filhotes e adultos extremamente ativos têm uma grande curiosidade por objetos novos no meio ambiente, como um vaso diferente colocado no terraço, ou uma planta estranha no jardim. A “bisbilhotice canina” não se satisfaz apenas em olhar ou cheirar. O animal geralmente termina por lamber, morder, mastigar e engolir o objeto que lhe despertou a curiosidade.
Cães privados de água, por exemplo, vão buscá-la, geralmente em plantas molhadas recentemente cujas folhas podem ser mastigadas. Em outros casos, cães confinados por períodos longos podem ser distrair comendo plantas.
Deficiência nutricional
A má nutrição pode também impelir ao consumo de vegetais, na tentativa de obter deles o nutriente que o animal carece. Adubação do solo com compostos orgânicos, como farinha de ossos com torta de mamona, encoraja esse consumo anormal. Em suma, cães ingerem plantas basicamente por curiosidade, lazer ou deficiência nutricional. As plantas, por sua vez, desenvolveram na sua evolução algumas armas de proteção como os espinhos que desencorajam grande parte das agressões e o sabor amargo que desestimula segundas tentativas dos curiosos. No entanto, um grande número de plantas possui substâncias tóxicas que poderão causar distúrbios digestivos, alérgicos, hepáticos, cutâneos, alucionógenos e até a morte, dependendo do tipo de planta consumida.
Tratamentos específicos
Uma única planta pode conter vários princípios tóxicos, para os quais há poucos antídotos específicos, o que dificulta o tratamento. Certas espécies têm substâncias irritantes que devem ser inativadas ou “protegidas” para não causarem mais lesões nos tecidos do aparelho digestivo. Para tais toxinas não se recomenda induzir vômitos para expulsão, pois provocariam danos ao voltar pelo esôfago e boca, agravando os males já causados pela ingestão.
Outras toxinas de plantas consideradas “solúveis em gordura” têm sua absorção favorecida quando engolidas com alimentos gordurosos, como o leite. Essa ingestão conjunta favorece, portanto, a absorção dos venenos, podendo agravar o quadro.
Prevenção
Se as plantas tóxicas estiverem entre suas preferidas e se você não abre mão de tê-las em casa, trate de, pelo menos, tomar os seguintes cuidados:
- dificulte o acesso às plantas com uso de cerca, colocação dos vasos em locais de difícil acesso, poda das partes baixas das plantas, colheita de todos os frutos assim que apareçam;
- utilize rações de boa qualidade e, se necessário, suplementos que evitem carências nutricionais;
- deixe água fresca em locais de fácil acesso ao cão;
- evite o confinamento do animal em recintos onde há plantas;
- promova treinamentos sob assistência especializada.
Primeiros socorros
Caso o seu cão tenha ingerido alguma planta suspeita, siga estas orientações:
- Lave a boca e os olhos do animal em água corrente.
- Colete partes e frutos da planta que ele comeu.
- Procure seu veterinário, que deverá ser informado sobre o tipo e quantidade de planta ingerida, horário presumido da ingestão e os sintomas observados antes da consulta.
Dependendo do tipo de planta e do estado do paciente, pode haver necessidade de internamento para eliminação do agente tóxico, controle dos sintomas e reposição eletrolítica (administração de soro com sais minerais) para evitar desidratações. Posteriormente, serão estabelecidos planos de alimentação e terapia pós-internação, visando sanar possíveis danos ao fígado e aos rins.
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Quadro com um RESUMO de algumas Plantas Tóxicas
Vale lembrar que há uma diversidade enorme de plantas consideradas tóxicas e que podem fazer algum mal ao seu animal, o que apresentamos aqui é apenas um resumo.
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Fontes:
Herbário – www.herbario.com.br
Com Ciência – www.comciencia.br
Viveiro Manequinho Lopes – www.prodam.sp.gov.br
Pet Site – www.petsite.com.br/planta.asp
Jardim de Flores – www.jardimdeflores.com.br
Pulgas, saiba como proteger seu animal!
As pulgas são pequenos insetos marrons e sem asas. Elas dependem do hospedeiro, que neste caso são o cão e o gato, para se alimentarem e se protegerem, permanecendo toda a sua vida nestes e em outros animais contactantes. Há mais de 2000 espécies em todo o mundo, porém, a Ctenocephalides felis felis é a espécie mais comum, prevalecendo em mais de 90% dos cães e gatos. A fêmea da pulga deposita seus ovos (brancos com 0,5 mm de comprimento) no animal e, como não se fixam, caem no ambiente onde apenas dependem da temperatura e da umidade para eclodirem em larvas, num período de até 10 dias. Estas aprofundam-se nos carpetes, cobertores e frestas de pisos, onde se alimentam de restos orgânicos e fezes de pulgas adultas. Em 5 a 11 dias formam um casulo onde ocorre a forma de pupa. A 27ºC e 80% de umidade ambiental, podem se transformar em pulgas adultas em apenas 5 dias. Porém, tal fato só ocorre se houver animais ou pessoas no ambiente; caso contrário as pulgas podem permanecer no casulo por até 140 dias. Normalmente o ciclo de vida se completa em 3 a 4 semanas e as pulgas vivem no animal por mais de 100 dias. A partir do quarto dia se alimentando do sangue do animal, cada fêmea produz , em média, 20 ovos por dia durante 21 dias. Se não interrompermos o ciclo, a infestação no animal torna-se extremamente incômoda e maléfica à sua saúde.
As pulgas são transmissoras de parasitas aos animais e ao homem. Quando ingeridas pelos cães e gatos no ato de se lamberem ou se mordiscarem, ou pelo homem acidentalmente, levam, para o intestino, a forma infectante do Dipylidium caninum, verme cestóide, semelhante à Tenia, “solitária” do homem. Constitui-se, portanto, numa zoonose e pode, nos animais, levar a emagrecimento, diarréia, perda de pêlos e até à morte se não tratada. O animal apresenta coceira na região anal, arrastando a região no chão, e ,às vezes, podem ser vistas as proglotes do verme, pequenos reservatórios de ovos, em volta do ânus ou nas fezes, semelhantes a grãos de arroz.
Os gatos, por sua vez, são vítimas de um parasita sanguíneo, chamado Hemobartonella felis, transmitido naturalmente pela picada da pulga, causando a doença denominada de Hemobartolenose. Os sintomas são perda de peso, fraqueza, depressão e falta de apetite, devido a uma anemia que pode se tornar crônica. Se não tratados, mais de 30% dos gatos podem vir a óbito.
Como se não bastassem as doenças acima citadas, o incômodo da presença das pulgas sobre a pele do animal pode ser agravado se este desenvolver alergia às picadas deste inseto. Tanto o cão quanto o gato são passíveis de manifestarem uma hipersensibilidade em que basta uma picada por semana para induzir a uma coceira insuportável, induzindo o animal a se ferir, muitas vezes gravemente, o que exige um tratamento urgente. Quando não tratada no início, a alergia torna-se crônica, levando a alterações irreversíveis da pele e da pelagem, além de poder alterar o estado emocional do animal, que permanece em constante estado de estresse devido à coceira incessante. O cão ou o gato, em alguns casos, passa a comer menos e torna-se deprimido ou agressivo, dependendo de sua personalidade. É também, muitas vezes, isolado do convívio familiar por causa das condições de sua pele, que pode apresentar descamação e infecções produtoras de odores desagradáveis.
Como todos podemos ver, as pulgas não devem ser eliminadas e evitadas por toda a vida do animal apenas por ser um inseto, mas sim por interferir significativamente na saúde e bem-estar dos nossos fiéis companheiros.
Como proteger nossos animais?
Visto que as pulgas são capazes de pular até 30 cm, não havendo portanto a necessidade de contato íntimo, o cão ou o gato podem adquiri-las passeando na rua ou no próprio quintal, prédio ou carro onde possam ter acesso outros animais. Daí a importância de oferecermos a eles mecanismos de combate e proteção contra as pulgas. Caso o animal já as possua, ou apenas se queira evitar, há um verdadeiro arsenal disponível, o que escolher? Para cada caso há uma solução mais adequada, dependendo do grau de infestação, do tipo dos ambientes em que vive e frequenta, do número e condições dos animais com quem tem contato e se é alérgico ou não. Tais fatores vão orientar o esquema de erradicação das pulgas quanto aos medicamentos e período necessários para tal.
Podemos encontrar uma variedade enorme de sabonetes, shampoos, pós, talcos, sprays e coleiras anti-pulgas, alguns para serem usados nos cães e gatos e outros nos ambientes, porém atualmente contamos com medicamentos mais modernos, seguros e eficientes. Em tal grupo encontramos o Frontline (Spray e Top Spot), o Advantage Spot On e o Program. O Frontline e o Advantage atuam matando as pulgas em até 24 horas, não sendo absorvidos pela pele, possuindo efeito contínuo por 30 a 60 dias, dependendo do produto e da espécie do animal. O Program interrompe o ciclo reprodutivo das pulgas, impedindo-as de se proliferarem, e encontra-se em forma de comprimidos para cães e líquido para gatos. Age durante 30 dias e possui uma substância que circula inativa pelo sangue do animal até ser ingerida pela pulga na picada.
A dedetização periódica dos locais frequentados pelos animais, desde que realizada por empresas especializadas, ou caseira com produtos idôneos, auxilia no controle das pulgas do animal devido à erradicação das formas intermediárias que se encontram no ambiente. No caso de serem utilizados aspiradores de pó com sacos não descartáveis, é recomendado colocar pó anti-pulga nestes para que não se tornem ninhos em potencial, devido ao calor e à quantidade de restos orgânicos acumulados.
É muito importante que se saiba que todos os produtos são capazes de induzir a intoxicações caso não sejam utilizados de acordo com as recomendações do fabricante, ou seja, algumas substâncias não podem ser ingeridas, utilizadas nos animais (só no ambiente), em filhotes de até uma certa idade, em gatos, em fêmeas prenhes ou em lactação ou em animais que possuam algum problema de saúde específico. Ou seja, além de proteger a saúde dos animais e das pessoas (que convivem com estes e/ou vão manipular os produtos), seguir rigorosamente as instruções da embalagem permite obtermos o máximo do efeito anti-pulga.
Se possível, este controle deve ser realizado continuamente, visto que não possuímos estações climáticas bem definidas, havendo períodos quentes até mesmo durante o inverno, que permitem a reprodução eficiente das pulgas. Devido à grande quantidade existente e ao constante surgimento de novos produtos anti-pulgas, recomenda-se consultar o médico-veterinário antes de adquiri-los a fim de se garantir o melhor resultado possível para cada caso, dependendo do grau de infestação, da espécie animal, da idade, do tipo de pelagem e do estado de saúde do nosso bichinho. O importante é não desprezarmos este pequeno inimigo, que, por viver há mais tempo que nós neste planeta, encontra-se muito bem adaptado ao nosso meio-ambiente, acompanhando-nos sempre que puder.
Vacinas + Veterinário = Saúde Canina
Agora falaremos de um assunto muito importante: a vacinação.
No quadro abaixo, descrevemos como devem ser as aplicações das vacinas.
2 meses 1ª dose da vacina óctupla (V8)
3 meses 2ª dose da vacina óctupla (V8)
4 meses 3ª dose da vacina óctupla (V8) e primeira dose da anti-rábica
Anualmente retornar ao veterinário para reforço das vacinas
Em todas às idas ao veterinário deve-se passar por exame geral e tirar todas as dúvidas sobre meu desenvolvimento.
Com essas vacinas o organismo do cão estará protegido contras as seguintes doenças: Cinomose, Coronavirose, Hepatite (adenovirose I), Adenovirose II, Leptospiroses, Parvovirose e Parainfluenza. A vacina contra a raiva é outra específica, a anti-rábica.
Previna-se Cuidado com a “dirofilariose canina”
Abaixo uma breve descrição dessas terríveis doenças:
Parvovirose: causada por um vírus que produz gastroenterite hemorrágica, ou seja, o cachorro tem vômitos graves, diarréia com sangue e uma severa desidratação. Isso pode até matar os filhotes. Seu cão poderá adquirir a parvovirose quando estiver em contato com local onde há vírus se, por exemplo, lamber alguma área onde outro bicho doente eliminou as fezes.
Coronavirose: produzida também por um vírus, causando gastroenterite, com sintomas de vômitos e diarréia, muitas vezes sem sangue. A forma de contato é a mesma da parvovirose.
Hepatite infecciosa: provoca nos cães vômitos, diarréia e falta de coordenação, levando o animal à morte. Causada por vírus com transmissão oronasal, ou seja, além de ingerir material contaminado, pode-se infectar por partículas de vírus presentes no ar.
Raiva: causada por vírus transmissível por meio da saliva de um animal infectado. Leva à morte animais e seres humanos. A raiva é transmitida pela mordida de um animal raivoso.
Leptospirose: causada pelas bactérias Leptospira spp, provoca lesão hepática aguda, com febres altas, apatia e muitas vezes icterícia (amarelamento da pele e das mucosas). E tem mais um agravante: essa doença é transmissível aos homens e outros animais. O cão pode ser infectado pela urina contaminada , principalmente de ratos. Nesse caso, o cãozinho ingere a urina contaminada ou, nos casos mais comuns, o rato urina na ração ou na água do animal. Existe a possibilidade de infecção por meio da pele.
Cinomose: causada por um vírus que provoca sintomas de doenças do trato respiratório e, em seus estágios mais avançados, apresentam sintomas nervosos, como falta de coordenação, ataques epiléticos e tiques nervosos. O contágio acontece por meio de partículas de aerossóis que estão presentes em ambiente infectado.
Parainfluenza: É um dos agentes causadores da chamada “tosse dos canis”. O vírus, não contagioso ao homem, causa uma tosse não produtiva (sem catarro), com febre baixa ou ausência dela. O quadro persiste por 2 semanas e o prognóstico é bom. Os animais se contaminam pelo contato direto com cães infectados. O período de incubação é de nove dias. A associação de outros agentes (bordetella, adenovirus ou mycoplasma) com a parainfluenza é comum, e pode causar um quadro mais severo, como perda de apetite, apatia, tosse dolorosa e febre alta.
Cuide bem do seu cão vacinando-o regularmente com acompanhamento de Veterinário de sua confiança.
Regras de boas maneiras (ou más?)
Visitas: Rapidamente identifique qual dos convidados tem medo de cachorro, corra pela casa latindo alto e pule bastante nessa pessoa. Se esse humano cair no chão e começar a chorar lamba seu rosto e rosne gentilmente para demonstrar sua preocupação.
Latido: Lata bastante por que você é um cachorro e eles esperam isso de você. Seus donos ficaram muito felizes em saber que você esta tomando conta da casa, especialmente de madrugada quando eles estão dormindo sossegadamente em suas camas. Para seres humanos não há sensação de segurança maior do que acordar no meio da noite e ouvir sua proteção através de latidos, latidos, latidos …
Lambidas: Sempre tome um grande gole de água da sua vasilha imediatamente antes de lamber um humano, eles preferem línguas limpas.
Portas: A área localizada diretamente a frente das portas está sempre reservada para a soneca do cachorro da família.
A arte de cheirar: Humanos gostam de ser cheirados, em todos os lugares. É seu dever como cachorro da família fazer isso sempre.
Etiqueta à mesa: Sempre se sente embaixo da mesa de jantar, especialmente quando há convidados, assim você poderá limpar com facilidade qualquer pedaço de comida que eventualmente cair no chão. Essa é também uma boa oportunidade para exercitar seu faro procurando pelas migalhas.
Jardim: Você pode ajudar seus donos a cultivar o jardim, faça sempre profundos buracos na terra e remova a grama… as raízes precisam de ar!
Perseguindo gatos: Quando estiver perseguindo um felino tenha certeza que não vai conseguir alcança-lo, isso estragaria a brincadeira!
Mastigando: Faça uma contribuição para o mundo da moda …. coma um sapato!
Eu sou seu filhote…
Eu sou seu filhote e irei amá-lo até a outra extremidade da terra, mas saiba algumas coisas sobre mim, por favor.
Eu sou um filhote e isto significa que minha inteligência e capacidade para aprender são a mesma de uma criança de 8 meses. Eu sou um filhote e eu mordo TUDO que eu posso com meus dentes, sou como você, gosto de aprender e explorar o mundo. Mesmo as crianças põem coisas em suas bocas. É aí que preciso de você para guiar-me e ensinar-me o que posso e o que não posso morder.
Eu sou um filhote e não posso prender minha bexiga por mais de 1-2 horas. Eu não posso “sentir vontade” até que comece realmente a sair. Eu não posso avisar e nem dizer que necessito ir ao banheiro. Só terei controle com 6-9 meses.
Não me puna se você não me deixar sair para fora por 3 horas e eu latir ou chorar. É SUA falha. Como um filhote, é sábio recordar que eu NECESSITO ir banheiro após comer, beber, dormir e além disso a cada 2-3 horas. Se você quiser que eu durma com você a noite, então não me dê a água após 7 ou 8 horas.
Um cercado ajudará a me conter mais facilmente e evitar as minhas loucuras. Eu sou um filhote.
Os acidentes acontecerão, sejam pacientes comigo! Na hora certa, eu aprenderei.
Eu sou um filhote e gosto de jogar. Eu correrei atrás e perseguirei monstros imaginários. Também perseguirei seus pés e seus dedos do pé, atacando-os. Rolarei com bolas e outros pequenos animais de estimação.
É brincadeira, e é o que faço.
Não espere me ver calmo, maduro e com sono o dia inteiro. Se meu nível de energia é demasiado elevado para você, talvez você poderia considerar um cão velho e cansado. Há vários deles que adorariam ser adotados.
Meu jogo é benéfico, use a sua grande sabedoria para guiar-me em minhas brincadeiras, com meus brinquedos apropriados e brinque de bolinha comigo. Me dê brinquedos que eu possa morder, eu adoro isso!
Se eu o beliscar muito forte, fale comigo “na conversa do cão”, dando um NÃO alto. Eu geralmente entenderei a mensagem e desta forma começaremos a nos comunicar.
Se eu estiver demasiado áspero e bruto, ignore-me simplesmente por alguns momentos, ou ponha-me em meu cercado com um brinquedo para morder.
Eu sou um filhote e não gostaria que você gritasse comigo, nem me batesse. Eu sou como um bebê de seis meses e acho que você não faria isso com uma criança, não é? Sou muito delicado e impressionável. Se você me tratar de forma áspera agora, eu crescerei temendo gritos e castigos.
Guie-me, entretanto, com incentivo e sabedoria, por favor. Por exemplo, se eu morder algo que não devia, diga “NÃO MORDA!” e entregue-me um brinquedo que eu POSSO morder. Lembre-se, eu NÃO CONSIGO fazer diferença entre seu sapato velho e seu tênis de R$ 200.
Eu sou um filhote, uma criatura com sentimentos e movimentação bem singulares, contudo também muito diferente. Embora eu não seja um ser humano, não sou um robô sem sentimentos que possa obedecer a qualquer comando com perfeição. Eu desejo, sinceramente, ser uma parte de sua família e da sua vida.
Você me escolheu (eu espero) porque você queria um parceiro e um amigo, portanto não me esqueça no quintal quando eu crescer. Não me julgue áspero, mas me conduza e me treine para ser um amigo gentil, com limites, como você gostaria que todo membro da família fosse.
Eu sou um filhote, eu não sou perfeito e eu sei que você não é perfeito também. Eu o amo de qualquer maneira. Assim, aprenda tudo que você puder sobre treinamento e comportamento de filhotes com meu veterinário. Ele pode ajudá-lo. Há também livros especializados e pesquisas na Internet. Meu criador pode ajudá-lo muito também. Aprenda sobre minha raça e suas ‘particularidades’. Isso irá mostrar a você porque eu faço o que faço.
Ensine-me por favor com amor e paciência a maneira correta de me comportar e me socialize aplicando treinamentos básicos de obediência. Adorarei se você mesmo os aplicar sobre mim. Isso seria muito divertido e você ia, com certeza, gostar muito. Temos muito com o que nos divertir.
Eu sou um filhote e, mais do que qualquer coisa, quero amá-lo e estar com você.
Então, por favor, aprenda o máximo sobre mim para que me compreenda. Retribuirei com muito mais do que pode imaginar. Nós somos parecidos, você e eu, ambos sentimos a fome, a dor, o desconforto e o medo, mas nós também somos muito diferentes e devemos trabalhar para compreender uma língua diferente: o corpo. O corpo sinaliza o que quer e necessita.
Algum dia eu serei um cão sociável e adorável e eu espero que isso possa deixá-lo orgulhoso de me amar tanto quanto eu o amo.
Com amor,
Seu Filhote.
13 coisas que os cães não entendem!
- Que é engraçado sair às 3 horas da manhã para praticar caça.
- Que está errado encurralar a vovó em um canto.
- Que não deve saltar em sua cama quando ele está molhado.
- Que o comando “Cale a boca!” queira dizer exatamente isto.
- Que o gato tem todo direito de estar sentado no quarto.
- Que defecar no tapete não é algo que o faça merecer um biscoito.
- Que continuar latindo para os convidados dez minutos depois que eles chegaram é estúpido.
- Que o comando “SENTE !” quer dizer exatamente isto.
- Que apesar de determinadas pernas serem agradáveis, não são para ele montar.
- Que o fato de você se levantar não significa que vai passear com ele.
- Que o fato de você estar comendo, não significa que ele pode.
- Quando você diz: “Mesmo você me olhando com esses olhos grandes, eu não vou ceder e dar a minha comida… Ok … Só desta vez”.
- Quando você diz: “Não. Este bolo é meu … Oh, certo então, mas só vou te dar um pedaço pequeno”.
Lei de propriedade Canina
- Se eu gosto, é meu.
- Se estiver na minha boca, é meu.
- Se eu posso tirar de você, é meu.
- Se estava comigo até agora pouco, é meu.
- Se for meu, nunca vai ser seu.
- Se existem brinquedos eles são todos meus.
- Se eu morder e se partir, todos os pedaços são meus.
- Se parecer meu, é meu.
- Se eu tiver visto primeiro, é meu.
- Se você estiver brincando com alguma coisa e cair no chão, automaticamente se tornará meu.
- Se eu pensar que é meu, é meu.
- Se estiver quebrado, é seu!
Testamento de um cão!
Autor: Frank Reichstein
Minhas posses materiais são poucas e eu deixo tudo para você… Uma coleira mastigada em uma das extremidades, faltando dois botões, uma desajeitada cama de cachorro e uma escudela de água que se encontra fendada na borda.
Deixo para você metade de uma bola de borracha, uma boneca rasgada, que você vai encontrar debaixo da geladeira, um ratinho de borracha sem apito, que está debaixo do fogão da cozinha e uma porção de ossos enterrados no canteiro de rosas, e sob o assoalho de minha cama. Além disso, eu deixo para você a memória, que, aliás são muitas.
Deixo para você a memória de dois enormes olhos marrons, a memória de uma caudinha curta e espetada, de nariz molhado e de choradeiras atrás da porta.
Deixo para você uma mancha no tapete da sala de estar junto à janela, quando nas tardes de inverno eu me apropriava daquele lugar, como se fosse meu, e me enrolava feito uma bolinha para pegar um pouco de sol.
Deixo para você um tapete esfarrapado em frente à sua cadeira preferida, o qual nunca foi concertado com o tipo de linha certo, essa é a verdade. Eu o mastiguei todinho, quando tinha ainda cinco meses de idade, lembra-se? Também deixo para você a memória da primeira surra que levei e também todo o meu esquecimento.
Deixo para você um esconderijo que fiz no jardim, debaixo dos arbustos perto da varanda da frente, onde eu encontrava asilo durante aqueles dias de verão. Ele deve estar cheio de folhas agora, e, por isso, talvez você tenha dificuldades em me encontrar. Sinto muito!
Deixo, também, e só para você, o barulho que eu fazia ao sair correndo sobre as folhas de outubro, quando nós vagabundeávamos pelo bosque.
Deixo, ainda, a lembrança de momentos pelas manhãs quando saíamos juntos pela margem do riacho, e você me dava aqueles biscoitos de baunilha. Recordo-me das suas risadas, porque eu não conseguia alcançar aquele coelho impertinente. Deixo-lhe como herança minha devoção, minha simpatia, meu apoio quando as coisas não andavam bem; meus latidos quando você levantava a voz aborrecido… e minha frustração por você ter ralhado comigo todas as vezes que eu colocava o nariz debaixo da cauda. Eu nunca fui à igreja e nunca escutei um sermão. No entanto, mesmo sem haver falado sequer uma palavra em toda a minha vida, deixo para você exemplo de paciência, de amor e compreensão.
Sua vida tem sido mais alegre porque eu vivi.
O manual do cão
Rotina diária – O dia é dividido em duas partes importantes:
I. A hora das refeições e II. O resto todo.
I. A hora das refeições
- Só porque parece que não tem nada à vista para se comer, isso não quer dizer que não haja nada para se comer. O ato de olhar para baixo da mesa ou cadeira onde haja alguém comendo desencadeia uma série de eventos que acabam resultando em comida.
- Nem é preciso dizer que você deve verificar cuidadosamente a parte inferior de qualquer espaço em busca de algo comestível. Coisas que cabem na boca e não podem ser identificadas pela visão ou tamanho são consideradas boas para mascar.
- Quando lhe derem uma refeição, enfie sua cabeça nela como faria em um chuveiro.
- Nunca, nunca olhe para cima até pelo menos quinze minutos depois de toda a comida ter acabado. Isso é importante. Só porque o seu prato está vazio, não significa que está na hora de parar de comer.
- Lembre-se de que toda a comida é sua em potencial até o momento em que for engolida por outro. O longo caminho de um pedaço de comida do prato até uma boca através de uma mão dá tempo suficiente para você reivindicar os seus direitos.
- No que diz respeito a escolher a bebida adequada, o local e a embalagem não significam nada. Não há nenhuma exceção a essa regra.
- Se você realmente vir algo que quer e todas as outras tentativas de conseguir essa coisa fracassarem, é perfeitamente aceitável implorar sem vergonha. Uma segunda tática é olhar persistentemente para o seu objeto de desejo, deixando que a baba escorra pela sua boca.
II. O resto todo
- Na verdade, só há duas expressões faciais importantes que você deve saber fazer: alegria total e irrestrita e simplesmente nada.
- Qualquer hora que não seja hora de comer é, em potencial, hora de dormir. A melhor hora para tirar uma soneca é quando você ouve alguém chamar o seu nome sem parar. O melhor lugar para tirar uma soneca é no meio de qualquer rua ou passagem de carros. O posição mais relaxante é de lado, com as quatro patas esticadas paralelamente.
- A maneira mais prática de se secar é balançando-se com toda a força perto de uma pessoa vestida. O segundo método mais eficaz é sobre um móvel de cor clara.
Segurança pessoal - Ao primeiro indício de qualquer barulho estranho, corra de um quarto para outro, latindo alto. Se alguém realmente entrar na casa, corra em sua direção para ver se conhece ou não. Em seguida, dê um beijo tão violento que faça com que perca o equilíbrio e tenha que empurrá-lo com força.
- A maior ameaça não reconhecida à vida como nós a conhecemos são os esquilos. Não importa o que você tenha que fazer, certifique-se de que não haja nenhum em seu jardim.
Recreação e lazer - Bola: existem duas regras que você deve saber.
- O normal é quando alguém joga uma bola para você e você a traz de volta.
- O mais legal é quando alguém joga uma bola para você e você a come.
- Carro: como você sabe, qualquer porta de carro aberta é um convite para entrar. Depois de entrar, sua única meta é tentar encontrar uma forma de sair.
Saúde - No caso de uma visita ao veterinário, sempre fique com o pé atrás. Se lhe derem uma vacina, faça pipi no pé do veterinário.
A idade do Cão e a do Homem
Há várias explicações e teorias que relacionam a idade do cão e a do homem. A mais conhecida delas é a que diz que cada ano do cachorro corresponde a 7 anos de uma pessoa. Na verdade a relação entre a idade dos nossos amigos peludos e seus donos não é linear. Por exemplo: uma cachorrinha de um ano de idade já pode ter filhotes, mas uma criança de 7 anos ainda não está pronta para ser mamãe.
Existem pequenas variações nas tabelas que definem a correlação de idades entre os cães e humanos, mas, basicamente, você pode considerar que:
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